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Estado de Minas DESPEJO ZERO

Vila Maria: m�es pedem prote��o �s crian�as em meio a risco de despejo

Mulheres estiveram em frente ao Juizado da Inf�ncia e da Juventude para pedir a garantia dos direitos das crian�as em caso de reintegra��o do terreno pela PBH


27/06/2022 16:51 - atualizado 27/06/2022 20:15

Foto das mães da ocupação Vila Maria em frente à 23ª Promotoria da Infância e da Juventude.
"A gente espera que nos ajudem a suspender o despejo, porque na situa��o em que estamos, amea�ados, n�o estou nem conseguindo dormir � noite. N�o sei para onde ir com as minhas crian�as [caso ocorra o despejo]", afirmou Ana Fl�via, moradora da ocupa��o e m�e de duas crian�as. (foto: Samuel Costa)

As m�es da ocupa��o Vila Maria realizaram na tarde desta segunda-feira (27) uma manifesta��o em frente ao Juizado da Inf�ncia e da Juventude e � 23ª Promotoria da Inf�ncia e Juventude. As moradoras pedem que os �rg�os p�blicos intervenham na defesa dos menores de idade que vivem na ocupa��o antes que a reintegra��o de posse � Prefeitura de Belo Horizonte seja executada pela Pol�cia Militar.
 
As fam�lias que residem na Vila Maria, na Regi�o Oeste de Belo Horizonte, est�o amea�adas de despejo desde 20 de junho, quando foi emitida uma ordem judicial de reintegra��o de posse. Desde ent�o, a comunidade tem passado momentos de afli��o com a chance de a PM cumprir a decis�o a qualquer momento.
 
Ana Fl�via Carvalho, trabalhadora de uma padaria, mora na ocupa��o h� 7 meses com seus filhos, Theo Henrique, de 2 meses, e Ana J�lia, de 2 anos. Ela se mudou para Vila Maria quando estava gr�vida de Ana J�lia, ap�s se divorciar e n�o conseguir mais pagar o aluguel com seu sal�rio.
 
“A gente espera que nos ajudem a suspender o despejo, porque na situa��o em que estamos, amea�ados, n�o estou nem conseguindo dormir � noite. N�o sei para onde ir com as minhas crian�as [caso ocorra o despejo]”, afirmou.

Ana Flávia Carvalho, trabalhadora de uma padaria, mora na ocupação há 7 meses com seus filhos, Theo Henrique, de 2 meses, e Ana Júlia, de 2 anos
Ana Fl�via Carvalho, trabalhadora de uma padaria, mora na ocupa��o h� 7 meses com seus filhos, Theo Henrique, de 2 meses, e Ana J�lia, de 2 anos (foto: Samuel Costa)

 
A moradora da Vila Maria disse que n�o conseguiu creche para as crian�as, e em setembro sua licen�a maternidade acaba. “N�o tenho quem olhar por eles. Vou precisar sair do servi�o para cuidar dos dois”.

Di�logo com Promotoria

 
Segundo Samuel Costa, coordenador da ocupa��o, foi feito um primeiro di�logo no Juizado da Crian�a e da Juventude. L�, as moradoras foram informadas que o juiz n�o pode abrir o processo de of�cio, o que exige interven��o do Minist�rio P�blico. Por isso, a manifesta��o seguiu at� a 23ª Promotoria da Crian�a e do Adolescente.
 
A Promotoria informou que recebeu as reivindica��es dos manifestantes e encaminhou � Promotoria de Direitos Humanos, onde o processo j� est� em curso.
 
“Queremos que eles suspendam essa reintegra��o de posse at� que se organize a Vara da Inf�ncia e da Juventude, o cadastro das fam�lias e para onde essas crian�as v�o. Porque eles est�o agindo como se s� tivessem adultos no local. Mas onde tem adulto, tem crian�a, � fam�lia. Se eles n�o escutam os adultos, que o ECA garanta o direito da crian�a e do adolescente”, afirmou Samuel.

Ver galeria . 29 Fotos Fotos da ocupação Vila Maria, na Região Oeste de Belo HorizonteJair Amaral/EM D.A Press
Fotos da ocupa��o Vila Maria, na Regi�o Oeste de Belo Horizonte (foto: Jair Amaral/EM D.A Press )


Entenda o caso


A ocupa��o Vila Maria foi fundada h� 40 anos por Maria Ferreira Gomes, que recebeu o terreno de uma fam�lia propriet�ria de uma loja de materiais de constru��o. A situa��o de vida no local � prec�ria, e a maior parte dos habitantes � formada por pessoas desempregadas ou com sal�rios insuficientes para arcar com alugu�is.

As fam�lias acreditam que h� press�o imobili�ria na a��o movida pela Prefeitura de BH, uma vez que h� movimenta��o de m�quinas e oper�rios para constru��o de um empreendimento de alto padr�o no local.

"Estar�amos entre dois empreendimentos de luxo, e pessoas como n�s, simples e em moradias prec�rias, desvalorizam esses im�veis”, disse o assessor da Comiss�o de Direitos Humanos do Barreiro, Samuel Costa, em entrevista ao EM em 18 de junho.

A Prefeitura de Belo Horizonte, por sua vez, alega que a ocupa��o invadiu �rea do Parque Municipal Jacques Cousteau, em janeiro, e que “a medida foi necess�ria em raz�o do alto risco de dano ambiental � �rea ocupada e da total in�rcia dos ocupantes, mesmo ap�s as notifica��es e interven��es dos agentes municipais”.

*Estagi�rio sob supervis�o do subeditor Rafael Arruda


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