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Estado de Minas EM BUSCA DA GL�RIA

Da venda de velas na noite a miss: mineira disputa t�tulo nacional em SP

H� mais de 1 ano vendendo velas arom�ticas em bares de BH, dando cursos e fazendo tradu��es, candidata consegue recursos para concorrer a Miss Nikkey Brasil


15/07/2022 04:00 - atualizado 15/07/2022 08:07

Nathalia Dan de Andrade
Nathalia Dan de Andrade, que j� venceu a etapa mineira, sonha em trazer pela primeira vez para o estado o t�tulo nacional do concurso disputado por jovens descendentes de japoneses (foto: T�lio Santos/EM/D.A Press)

Vinte e dois anos de simpatia, talento, garra e esfor�o di�rio para tentar fazer hist�ria em n�vel nacional. Quem v� a estudante de letras Nathalia Dan de Andrade percorrendo as ruas de Belo Horizonte durante as noites pode testemunhar sua determina��o para ir em busca de um sonho: ser a primeira mineira a vencer o concurso nacional de beleza Miss Nikkey 2022, disputado apenas por garotas descendentes de japoneses. O evento est� marcado para s�bado, em S�o Paulo, mas a prepara��o da mineira, e sua batalha, come�aram muito antes. Gra�as a ambas, ela agora est� bem mais pr�xima de sua meta.
 
Desde o fim de 2020, Nathalia se dedicou a produzir velas arom�ticas artesanais, que vendia em bares da Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, para tentar custear a viagem � capital paulista. Com os cerca de R$ 6 mil que conseguiu arrecadar, custeou a passagem de avi�o, tratamentos est�ticos, produ��o, vestidos e hospedagem. Al�m das vendas, trabalhou como professora de dan�a de sal�o e de bal� moderno e como tradutora para impulsionar seu objetivo.
 
Mas, na realidade, foram as vendas na rua que permitiram que ela faturasse a maior parte da quantia de que necessitava para ir ao concurso e em busca de seu sonho. Gra�as a elas, era comum que clientes a vissem toda produzida durante as noites, com vestidos sofisticados, maquiagem, coroa e a faixa do Miss Nikkey Minas Gerais de 2020. Foi a vit�ria no estado que garantiu � estudante o direito de disputar a edi��o nacional do concurso.
 
“� um desafio enorme. Passei v�rias noites trabalhando muito, mas acredito que vou trazer a coroa para o meu estado. Confio muito no meu potencial, na minha dedica��o e no meu esfor�o. Vou dar o meu melhor. � a minha grande chance”, projeta a mineira.
 
O concurso existe desde 2008 e foi vencido quatro vezes por representantes de S�o Paulo, duas por jovens de Mato Grosso e Paran�, uma por misses de Amazonas, Bahia e Santa Catarina. A atual detentora do t�tulo, de 2019, � a amazonense Marjorie Honda. Nos dois �ltimos anos, o concurso nacional foi suspenso em virtude da pandemia. Al�m da coroa, a vencedora da disputa ganha uma viagem ao Jap�o, brindes, joias e cosm�ticos. Neste ano, 18 candidatas disputam o t�tulo de Miss Nikkey Brasil.
 
Sonhando com a faixa de campe�, Nathalia conta que seu interesse por seguir a carreira de modelo surgiu ainda na inf�ncia. “Quando era crian�a, gostava de desfilar e me achava linda e maravilhosa. Todos me conheciam como a menina da passarela”, brinca.
 
INCENTIVO DA IRM� A decis�o de participar do concurso Miss Nikkey em Minas Gerais veio do exemplo da irm�, Mar�lia, que participou da disputa por tr�s vezes. “Em 2019, ela estava planejando participar pela quarta vez e alguns primos a ajudaram na produ��o, dando aula de passarela. Fui um dia no ensaio e comecei a desfilar. Todos falavam: ‘Ah, Nathalia, voc� tem de desfilar. Se voc� ganhar, pode te abrir portas’. Fui convencida a participar”, conta a candidata, explicando que a irm� desistiu de participar e a incentivou a entrar na disputa.
 
A partir da�, Nathalia come�ou a se inteirar sobre o assunto, inclusive estudando outras franquias, casos do Miss Brasil, Miss Universo, Miss Mundo, Miss Internacional Queen. “� um evento muito importante, que pode me permitir conhecer muita gente. Tenho de ter a melhor atua��o no palco e nos bastidores”, afirma.
 
Impulsionada pela imigra��o japonesa no s�culo passado, a av� de Nathalia chegou ao pa�s na d�cada de 1930 e se casou com o homem que se tornaria seu av�, brasileiro, mas tamb�m descendente de japoneses. De l� pra c�, a fam�lia jamais saiu do Brasil. Agora, a neta busca nos tra�os e nas origens orientais o reconhecimento em solo brasileiro.


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