
Os pais da menina B�rbara Vit�ria, que desapareceu no �ltimo dia 31 de julho e foi encontrada morta dois dias depois, se manifestaram, em conjunto com a advogada da fam�lia, em uma nota sobre as atualiza��es da investiga��o do caso da menina.
Na nota, a fam�lia questiona o motivo de a Pol�cia Civil ter liberado o �nico suspeito do crime, mesmo depois do depoimento de Paulo S�rgio de Oliveira na segunda-feira (1º/8).
“� importante esclarecer que constou em boletim de ocorr�ncia, realizado pela Pol�cia Militar no dia 01 de agosto, a exist�ncia da sacola de p�o na casa do suspeito, assim como relatado pela genitora de B�rbara. O suspeito foi a �ltima pessoa a ser vista em v�deo com a menor. Esse fato por si s� seria o suficiente para ensejar a decreta��o da pris�o preventiva ou tempor�ria do sujeito, o que infelizmente n�o ocorreu”.
A nota ainda aponta que uma investiga��o de forma aut�noma foi feita pela defesa da fam�lia e conseguiu encontrar semelhan�as do caso de B�rbara com a morte de Bianca dos Santos Faria, uma crian�a de 11 anos assassinada em 2012.
“O autor do crime contra Bianca nunca foi localizado. Para al�m disso, averiguou que o suspeito do crime de B�rbara residiu pr�ximo � casa de Bianca. O que causa espanto � perceber que ao notificar a Pol�cia Civil das informa��es averiguadas, soube que tal fato n�o era novidade para o departamento”.
Mesmo com a Pol�cia Civil apontando Paulo como respons�vel pela morte de B�rbara e o resultado do exame de DNA, a fam�lia ainda tem d�vidas quanto a autoria e o envolvimento de outros criminosos.
O pronunciamento ainda questiona a forma como a investiga��o aconteceu e exp�e que os pais de B�rbara foram ouvidos pela pol�cia na condi��o de testemunhas, mas foram inquiridos como suspeitos.
“O delegado F�bio Werneck, em desrespeito ao luto da fam�lia, questionou o fato de os genitores haverem remarcado o depoimento que seria no dia seguinte ao sepultamento da filha. Questionou, ainda, o fato da repercuss�o midi�tica em torno da fam�lia, situa��o que nenhum deles possui qualquer controle. Como se n�o bastasse, o delegado indagou a renda do genitor, insinuando que ele n�o teria capacidade econ�mica para estar sendo assistido por uma advogada desde o momento do desaparecimento de sua filha, como se a pobreza fosse exce��o ao princ�pio constitucional do acesso � justi�a e � ampla defesa, o que � inadmiss�vel”.
Em coletiva feita na tarde de quarta-feira (10/8), o delegado � frente da investiga��o, F�bio Moraes Werneck, afirmou que o exame de DNA mostrou que o material gen�tico colhido no corpo da v�tima coincide com o perfil gen�tico de Paulo S�rgio de Oliveira.
Na ocasi�o, o delegado explicou tamb�m porque Paulo S�rgio foi ouvido e liberado. Segundo ele, a lei n�o permitia que o homem fosse mantido preso naquele momento.
“O corpo n�o havia sido encontrado, n�o sab�amos do crime ou qual crime tinha sido praticado. Ele foi capturado pela PM um dia depois. Poder�amos prend�-lo por mandado de pris�o ou flagrante delito, mas n�o se encaixou em nenhuma dessas circunst�ncias.”
Segundo Werneck, naquele momento a pol�cia ainda n�o tinha acesso �s imagens completas das c�meras de seguran�a.
Em rela��o aos elementos encontrados na casa do suspeito, o delegado afirmou que o saco de p�o n�o seria o mesmo comprado pela menina, que tamb�m teria comprado um suco de saquinho n�o encontrado. Ele negou que documentos da m�e de B�rbara tenham sido encontrados na casa do suspeito.
A Pol�cia Civil foi procurada pela reportagem do Estado de Minas sobre os pontos levantados na nota em rela��o ao tratamento recebido pela fam�lia de B�rbara durante o depoimento, mas ainda n�o obteve resposta.