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Estado de Minas MONOETILENOGLICOL

Massas contaminadas chegaram a restaurantes

Empresa que teve lotes de produtos com comercializa��o proibida pela Anvisa informa que j� havia vendido estoque a casas de comida oriental em S�o Paulo


24/09/2022 04:00 - atualizado 24/09/2022 07:54

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Propilenoglicol grau USP que a Bassar, ind�stria de nutri��o animal, afirma ter comprado da Tecno Clean, de Contagem: fornecedor da empresa mineira diz ter vendido aditivo sem uso permitido na alimenta��o (foto: Bassar Petfood/Divulga��o)


Lotes de massas de macarr�o oriental que foram fabricadas com propilenoglicol contaminado por monoetilenoglicol j� chegaram a restaurantes. Os produtos da empresa paulista Keishi, produzidos entre 25 de julho e 24 de agosto deste ano, tiveram comercializa��o proibida pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa), mas a produ��o j� havia sido vendida pela ind�stria a estabelecimentos de S�o Paulo. Em seu site, que foi retirado do ar, fabricante afirmava ser fornecedora de 40 restaurantes paulistas que servem comida oriental.
 
Ontem, por meio de nota, a ind�stria informou que, quando foi notificada pela Anvisa j� n�o manitinha estoque dos lotes indicados para recolhimento. Ainda de acordo com a fabricante, ainda que se trate de produtos fabricados h� cerca de um m�s, at� o momento n�o h� informa��es sobre danos � sa�de de consumidores. “A Keishi j� entrou em contato com clientes visando recolher e rastrear os produtos pertencentes a esse lote”, informou a empresa.
 
Ap�s suspeita de que a subst�ncia contaminada emtrou na linha de produ��o da empresa, restaurantes que tinham a Keishi como fornecedora publicaram em redes sociais sobre a suspens�o do uso da massa em seus card�pios. Os produtos s�o usados em pratos da cultura japonesa e tailandesa, como l�men, guioza e udon.

Contamina��o

Em of�cio, a Anvisa explicou que a medida de suspens�o de venda das massas da Keishi foi tomada ap�s inspe��es realizadas na f�brica. O trabalho constatou que o propilenoglicol fornecido pela Tecno Clean Industrial Ltda., do mesmo lote contaminado por monoetilenoglicol que intoxicou e matou c�es ao entrar na composi��o de petiscos, foi usado na linha de produ��o da fabricante de produtos de consumo humano.
 
Investiga��es em todas as ind�strias de alimenta��o humana que usam o aditivo come�aram depois que mais de 100 c�es apresentaram sintomas de intoxica��o por monoetilenoglicol, ap�s consumir petiscos da empresa Bassar Pet Food.
Mesmo que permitido, o uso do propilenoglicol � autorizado apenas para alguns alimentos. Conforme a Vigil�ncia Sanit�ria, o produto n�o deveria ser empregado na produ��o de massas aliment�cias. “Muitas ind�strias utilizam o propilenoglicol nos processos de refrigera��o, em que n�o h� contato direto com o alimento. Portanto, quando o propilenoglicol � usado apenas no processo de refrigera��o, n�o h� necessariamente risco ao consumo dos produtos das empresas que tenham adquirido o insumo contaminado”, explicou a ag�ncia.

Qu�mica

A Tecno Clean, empresa de Contagem, na Grande BH, que revendeu a subst�ncia contaminada para a Bassar e para a Keishi, afirmou por meio de nota, emitida em 8 de setembro, que o composto foi comprado da empresa A & D Qu�mica, com sede em Aruj�-SP, e que a revendedora tem omitido a proced�ncia do qu�mico.
 
J� a  empresa paulista, informou que a cliente Tecno Clean teria comprado propilenoglicol destinado “exclusivamente” � fabrica��o de itens para higiene e limpeza, e o revendeu como qu�mico usado na ind�stria aliment�cia.

Pol�cia de SP avan�a nas investiga��es

Ao Estado de Minas, o delegado titular da Delegacia de Investiga��es Sobre Infra��es Contra o Meio Ambiente da Pol�cia Civil de S�o Paulo, Vilson Genestretti, relatou que j� ouviu representantes da Bassar, ind�stria de nutri��o animal, e da A & D Qtmica. Ele afirma que representantes da revendedora do propilenoglicol forneceram elementos “que v�o facilitar as investiga��es”, mas acrescentou que todos os documentos e produtos ainda ser�o periciados.

 
Em rela��o � den�ncia de fraude de laudos t�cnicos e r�tulos de gal�es de propilenoglicol, feita pela empresa de Aruj�, o respons�vel pelas investiga��es se limitou a dizer que as apura��es ainda est�o em curso. Conforme Genestretti, os representantes da empresa mineira ainda ser�o ouvidos.
 
“Ontem eu ouvi o administrador e a dona da A&D. Eles forneceram elementos e prestaram informa��es que foram colocadas nos autos. Informaram que venderam o produto para uso de higiene e limpeza, forneceram as notas fiscais de venda, e afirmaram que n�o vendem o propilenoglicol grau USP [permitido na ind�stria de alimentos]. Mas isso n�o quer dizer que a Tecno Clean vendeu a mercadoria fornecida pela A&D. Isso, s� saberemos ap�s ouvir a empresa e com os laudos periciais”, afirmou o policial de S�o Paulo.

Origem 

Desde que casos de intoxica��o de c�es come�aram a aparecer em todo o pa�s, �rg�os de controle do governo federal t�m tido dificuldades para confirmar a origem da contamina��o. Em 15 de setembro, o Minist�rio da Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento (Mapa) indicou a possibilidade de envolvimento de mais um personagem na busca da fonte das contamina��es.
 
Por meio de nota, o Mapa informou que as investiga��es indicam “uma poss�vel contamina��o do propilenoglicol por monoetilenoglicol, oriundo de empresa sem registro”. No entanto, acrescentou que ainda n�o determinou a origem do aditivo alterado.



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