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Estado de Minas INVESTIGA��ES

Petiscos contaminados: celular de funcion�ria da Tecno Clean ser� periciado

Aparelho de gerente de compras foi entregue � Pol�cia Civil de Minas Gerais nesta ter�a-feira (27/9)


27/09/2022 20:44 - atualizado 27/09/2022 21:20

Entrada sede da Tecno Clean, em Contagem, na Grande BH
Empresa de Contagem vendeu lotes de propilenoglicol contaminado a empresas de alimenta��o animal (foto: Gladyston/EM/D.A Press)
A gerente de compras da Tecno Clean Industrial, empresa de Contagem apontada pelo Minist�rio da Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento (Mapa) como a respons�vel por vender lotes de propilenoglicol contaminados com monoetilenoglicol - subst�ncia t�xica a humanos e animais -, entregou seu celular � Pol�cia Civil para ser analisado. A per�cia foi solicitada ap�s o grupo que forneceu o composto � ind�stria mineira denunciar uma suposta fraude de laudos t�cnicos. 

De acordo com a A & D Qu�mica, de Aruj�-SP, seu cliente (Tecno Clean) teria comprado propilenoglicol destinado “exclusivamente” � fabrica��o de itens para higiene e limpeza, para serem revendidos como o qu�mico usado na ind�stria aliment�cia.

Conforme o advogado da Tecno Clean Thiago Rodrigues, o aparelho celular da funcion�ria foi entregue de forma espont�nea para confrontar as mensagens trocadas entre a empresa e a importadora paulista. “Foi um ato de liberalidade nossa visando esclarecer nosso ponto de vista”, disse.

A reportagem procurou a Pol�cia Civil de Minas Gerais, mas at� o momento n�o obteve um posicionamento sobre as investiga��es. Ao Estado de Minas, o delegado titular da Delegacia de Investiga��es Sobre Infra��es Contra o Meio Ambiente da Pol�cia Civil de S�o Paulo, Vilson Genestretti, relatou que os representantes da A & D j� foram ouvidos. 

De acordo com ele, os representantes da importadora e revendedora do propilenoglicol forneceram elementos “que v�o facilitar as investiga��es”, por�m, todos os documentos e produtos ainda ser�o periciados. 

Em rela��o � den�ncia de fraude de laudos t�cnicos e r�tulos de gal�es de propilenoglicol, feita pela empresa de Aruj�, o respons�vel pelas investiga��es se limitou a dizer que as apura��es ainda est�o em curso. Conforme Genestretti, os representantes e a gerente de compras da fabricante mineira ainda ser�o ouvidos. 

“Eu ouvi o administrador e a dona da A&D. Eles forneceram elementos, prestaram informa��es que foram colocadas nos autos. Eles informaram que venderam o produto para uso de higiene e limpeza, forneceram as notas fiscais de venda, e afirmaram que n�o vendem o propilenoglicol grau USP [permitido na ind�stria de alimentos]. Mas, tudo isso, n�o quer dizer que a Tecno Clean vendeu a mercadoria fornecida pela A&D. Isso, n�s saberemos ap�s ouvir a empresa e os laudos periciais”, afirmou o delegado da Pol�cia Civil de S�o Paulo.

Intoxica��o 

Mais de 100 c�es j� foram intoxicados, em v�rias cidades brasileiras ap�s a ingest�o de petiscos supostamente contaminados com monoetilenoglicol. Com a dificuldade em saber quais produtos podem estar, ou n�o, contaminados com monoetilenoglicol, diversas marcas de alimentos para animais se retiraram do mercado. Entre elas est�o: Bassar Pet Food, FVO alimentos, Peppy Pet, Upper Dog Comercial e Petitos.

A Bassar foi a primeira a ser notificada pela Secretaria Nacional do Consumidor do Minist�rio da Justi�a e Seguran�a P�blica (Senacon) para apresentar o recall formal do produto. A empresa afirmou que desde o dia 9 de setembro tem recolhido seus produtos com data de fabrica��o de 7 de fevereiro. 

Macarr�o contaminado

Na sexta-feira (23/9), a empresa paulista de macarr�o oriental Keishi, que teria usado lotes de propilenoglicol contaminado com monoetilenoglicol, subst�ncia t�xica a humanos e animais, relatou que, antes de ser notificada pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa), j� havia vendido todos os produtos que teriam que ser recolhidos. A fabricante foi informada pelo �rg�o no dia anterior, ap�s detectar na produ��o das massas o uso de propilenoglicol, mesma subst�ncia que pode ter causado as mortes de c�es em todo territ�rio nacional.

De acordo com nota enviada � imprensa, os lotes que poderiam estar comprometidos correspondem a pouco mais de 1% do total de produtos fabricados e vendidos pela empresa no per�odo apontado pela Anvisa. 

“A Keishi j� entrou em contato com clientes visando recolher e rastrear os produtos pertencentes a este lote. Como se trata de produtos fabricados h� quase um m�s, n�o houve estoque a recolher e tamb�m n�o houve nenhum relato de danos � sa�de do consumidor”, afirmou a fabricante. 
 


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