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Estado de Minas TROTE EM REP�BLICA FEDERAL

Estudante fica em coma ap�s 'trote' em rep�blica de propriedade da UFOP

A m�e do jovem disse que ir� processar moradores e a universidade. Segundo os m�dicos, ele chegou ao hospital 'quase morto'. H� suspeita de estupro.


21/10/2022 16:43 - atualizado 21/10/2022 17:05

Fachada da República Sinagoga, em Ouro Preto.
O trote seria parte de um dos "ritos" de entrada na moradia. (foto: Reprodu��o/Redes sociais)
Um estudante da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) entrou em coma ap�s um “trote” em uma rep�blica federal, de propriedade da Uni�o, onde ele foi submetido a tomar �leo, cacha�a, molho de pimenta e molho shoyu misturados, e baldes com p� de caf� foram jogados no seu rosto. H� suspeita de que ele tenha sido estuprado.

O caso aconteceu no dia 4 de agosto. O jovem foi levado ao hospital “quase morto”, segundo os m�dicos. “Ele aspirou e se asfixiou com o l�quido, teve pneumonia por aspira��o e em seguida, o coma alco�lico. Ele j� estava p�lido e se debatendo quando levaram ele para a UPA”, relatou a m�e.

Os m�dicos disseram � m�e que encontraram v�mito e p� de caf� no pulm�o do estudante. O hospital acionou a Pol�cia Civil e registrou boletim de ocorr�ncia ap�s identificarem resqu�cios de lubrificante no seu �nus.
 
 
O jovem, natural de S�o Lu�s, no Maranh�o, entrou no curso de Engenharia Mec�nica da Universidade Federal de Ouro Preto em 2021, durante a pandemia. Em fevereiro de 2022, com o retorno das aulas presenciais, ele se mudou para a cidade mineira e se instalou na Rep�blica Sinagoga, uma das Rep�blicas Federais que s�o propriedade da universidade autogestionadas pelos estudantes.

O trote seria parte de um dos “ritos” de entrada na moradia.

Ele teve que trancar o curso pelas sequelas f�sicas e psicol�gicas do abuso, e voltou para S�o Lu�s. Segundo a m�e, ele est� muito abatido e foi diagnosticado com Transtorno de Estresse Agudo. O jovem est� com queda de cabelo, perdeu parcialmente o movimento do p� esquerdo e desenvolveu problemas card�acos.

Justi�a

A m�e do estudante disse que vai entrar na justi�a contra os membros da rep�blica respons�veis pelo trote e contra a universidade, que � respons�vel pela casa. Segundo ela, os m�dicos disseram que casos como o que aconteceu com seu filho s�o recorrentes nas rep�blicas da regi�o.

Ela conta que foi at� Ouro Preto quando soube do que tinha acontecido, mas s� entendeu a gravidade da situa��o ap�s os relatos dos m�dicos. Foi quando ela questionou os outros moradores da rep�blica e eles admitiram que tinham submetido o jovem ao “trote”.

Inicialmente, a fam�lia e os moradores da casa fizeram um acordo para que o caso n�o fosse relatado � universidade, onde o trote � proibido. Os estudantes prometeram arcar com os gastos do tratamento, e pagaram as passagens do pai e da m�e do jovem agredido, al�m da quantia de R$ 900.

Mas logo a postura dos estudantes mudou, e eles pararam de ajudar financeiramente a fam�lia. Em seguida, eles enviaram uma carta � m�e acusando o jovem de uso de drogas e de ter assediado tr�s mulheres. A m�e contesta essa vers�o, e aponta que o exame toxicol�gico realizado no hospital deu negativo. “Se meu filho fez isso, assediou essas meninas, eu quero que elas provem”, comentou.

 A Pol�cia Civil de Minas Gerais foi questionada sobre a investiga��o, mas n�o respondeu at� o fechamento da mat�ria.

UFOP

A Rep�blica Sinagoga, onde ocorreu o “trote”, � uma das rep�blicas federais que integra o sistema de moradias da UFOP. Em Ouro Preto, s�o 59 rep�blicas desse tipo, espalhadas pelo centro hist�rico da cidade.

A universidade respondeu, em nota, que tomou conhecimento da situa��o e que ser�o tomadas as medidas administrativas cab�veis. Leia na �ntegra:

“Na quarta-feira (19), a Universidade recebeu um e-mail do estudante, que imediatamente foi encaminhado para acolhimento pela equipe t�cnica de moradia e acompanhamento por assistente social. J� solicitamos a ele que encaminhe documentos para que possa ser aberto um processo administrativo disciplinar discente para possibilitar a aplica��o das normas da UFOP, que pro�bem o trote, de acordo com a Resolu��o Cuni nº 1.870. Segundo o mesmo documento, a pr�tica de trote implicar� aplica��o de penalidades de advert�ncia, suspens�o ou desligamento. Quest�es relativas a penaliza��es que a Universidade pode receber devem ser respondidas pela Advocacia-Geral da Uni�o (AGU).”

Os membros da Rep�blica Sinagoga n�o foram localizados, e a p�gina do Instagram da casa foi exclu�da.


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