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Estado de Minas MANIFESTA��O

Abra�o no Mineir�o: setor de eventos de BH pede di�logo sobre proibi��o

Mobiliza��o ocorre diante da a��o civil p�blica em que o Minist�rio P�blico de Minas Gerais pede a proibi��o de eventos no est�dio


23/10/2022 13:15 - atualizado 23/10/2022 14:27



Cerca de 500 pessoas, entre representantes do setor de eventos de Belo Horizonte e frequentadores da Esplanada, deram um "Abra�o no Mineir�o", de forma simb�lica, neste domingo (23). O ato foi acompanhado d o pedido para que o espa�o continue a receber as mais diversas manifesta��o culturais e de entretenimento da capital. O que motivou a mobiliza��o foi o pedido � Justi�a do Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG), na  sexta-feira (14/10), que a Minas Arena seja proibida de organizar shows e eventos n�o esportivos no Mineir�o.

Conforme o MPMG, a empresa administradora do est�dio precisa de licen�a ambiental e alvar� de localiza��o e funcionamento para esse tipo de atividade. Os moradores da regi�o reclamam, principalmente, da polui��o sonora.

Ainda de acordo com o MPMG, o Mineir�o tem licen�a ambiental de opera��o, alvar� de localiza��o e funcionamento at� 15 de janeiro de 2023. Esses documentos possibilitam a realiza��o de partidas de futebol. 

Eventos

 
Desde a reforma da Mineir�o para a Copa do Mundo de 2014, a revitaliza��o do espa�o o credenciou a receber diversos eventos, al�m do futebol, o que foi considerado pelos organizadores de eventos, um presente para a capital, carente de ambientes nesse formato, de grandes dimens�es, ao ar livre.

Assim, atualmente, seja dentro ou fora do Gigante da Pampulha, o lugar � um convite para receber milhares de pessoas em busca de divers�o. J� faz parte do calend�rio de festas, shows e encontros dos belorizontinos e turistas de todo pa�s e do exterior.  
 
A iniciativa dos profissionais que integram o setor de eventos na capital tem o objetivo de demonstrar a import�ncia do espa�o multiuso para a cultura, a economia e o turismo mineiro. Foi uma  mobiliza��o espont�nea que reuniu centenas de pessoas, entre representantes da cadeia produtiva do segmento e o p�blico que frequenta o local.



Aluizer Malab, produtor cultural na Malab, representante da Associa��o Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape) e ex-presidente da Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte S/A (Belotur), enfatiza que "ao longo da semana temos nos manifestado contrariamente a a��o c�vil protocolada junto a Minist�rio P�blico porque, o que nos pretendemos e acreditamos, � no di�logo. Existe uma legisla��o vigente em rela��o ao sil�ncio, siguimos essa legisla��o � risca e como toda lei, ela prev� san��es a quem n�o a cumpre. Ent�o, n�o � desta forma que � a maneira de se tratar. Mas tamb�m, em paralelo a a��o vigente, estamos sempre abertos ao di�logo. � o que defendemos".
Para Aluizer Malab, "se podemos fazer alguma coisa, e temos feito, para mitigar o impacto, para entender todos os lados, estamos abertos a colaborar. N�o podemos simplesmente deixar de lado uma cidade como Belo Horizonte, plenamente ocupadada, uma cidade administrativa, uma cidade de servi�os, que precisa dessa atividade, atividade essa que retroalimenta a economia, empregos diretos e indiretos, cultura, lazer, esporte e turismo sem ocupar esse espa�o".

Aluizer Malab destaca que "n�o podemos nos dar ao luxo de perder ou correr o risco com o equipamento que � o cart�o-postal dessa cidade, juntamente com o Complexo da Pampulha. Belo Horizonte � extremamente conhecida pelo Mineir�o e trabalhamos muito para inserir BH dentro de um contexto nacional com promo��o internacional. Ent�o, a coisa � mais s�ria e precisamos elevar esta regra, para ter uma discuss�o madura e lembrar que essa cidade, com apenas 125 anos, tem de ter uma postura contempor�nea. Uma postura que justifique uma cidade jovem e de olho em uma legisla��o mais contempor�nea poss�vel em rela��o a essa conviv�ncia".

Espa�o para o di�logo 


Pessoas dadas as mãos cercam o Mineirão
Cerca de 500 pessoas, entre representantes do setor de eventos de BH e frequentadores da Esplanada deram um "Abra�o no Mineir�o" em defesa da continuidade de eventos no espa�o (foto: Ag�ncia i7/Mineir�o)


J� M�rcia Ribeiro, produtora cultural da N� de Rosa e vice-presidente da Convention & visitors bureau, chama a aten��o para o comportamento: "Trago uma palavra de esperan�a, de f�, acho que estamos uma um momento de muita dualidade em que pessoas n�o conseguem escutar o outro. Epero que essa manifesta��o, esse levante, essa mobiliza��o do setor de eventos encontre no Minist�rio P�blico esse ouvido. Somos do setor, somos profissionais, mas tamb�m somos cidad�os e acho que merecemos ser ser ouvidos, n�o s� pelo Minist�rio P�blico, mas por toda a popula��o da Pampulha".

Conforme M�rcia Ribeiro, os eventos que ocorrem no Mineir�o n�o causam s� impacto negativo, com tem sido pontuado: "Levamos muito mais coisas do que o impacto e algum inc�modo. Isso � muito f�cil de resolver com a escuta, o sentar e achar o caminho. N�s trazemos uma s�rie de benef�cios para uma cidade que tem, em sua ess�ncia, essa voca��o (de festas e eventos). Tenho certeza de que estamos conseguindo ser ouvidos por toda Belo Horizonte e por todas as autoridades", acredita.  


O "Abra�o no Mineir�o" desse domingo deu continuidade ao movimento on-line iniciado semana passada, com a divulga��o de uma carta aberta dos profissionais do setor diante da a��o civil p�blica, do Minist�rio P�blico de Minas Gerais. 

A Associa��o Mineira de Eventos e Entretenimento (Amee) divulgou uma carta. Confira a �ntegra logo abaixo em que os participantes enaltecem a import�ncia do Mineir�o para a promo��o da cultura e do turismo em Minas Gerais; reafirmam que os moradores merecem ser acolhidos; que � justa e cab�vel a reclama��o, se assim o poder p�blico, com seus instrumentos legais de fiscaliza��o, controle e concess�o de licen�as, verificar; e que est�o abertos ao di�logo.

Confira a �ntegra:

"N�o se cala um Gigante assim. N�s, produtores de eventos, empres�rios, artistas, fornecedores e entidades representativas da m�sica, da cultura e do turismo de Minas Gerais, que assinam abaixo, estamos surpresos e indignados com as not�cias veiculadas pela imprensa acerca de uma A��o Civil P�blica, movida pelo Minist�rio P�blico de Minas Gerais, que pede a proibi��o de eventos no est�dio do Mineir�o.

Num momento de retomada do setor, ap�s dois anos e meio sofrendo as consequ�ncias da pandemia de Covid-19, a atitude intempestiva de silenciar o maior palco de shows do Estado � um ato inadmiss�vel e de efeitos incalcul�veis para as artes, para a economia e para o turismo mineiro. Estudo do Ipead, realizado no ano de 2019, mostrou que os eventos promovidos pelo Mineir�o foram capazes de movimentar R$ 948 milh�es na economia mineira e criar quase 6 mil empregos no ano.

E aqui, faz-se, de antem�o, a ressalva de que a comunidade do entorno do est�dio deve ser sim acolhida nos seus direitos perante � lei para n�o ser perturbada com ru�dos al�m dos limites estabelecidos pela norma. � justa e cab�vel a reclama��o, se assim o poder p�blico, com seus instrumentos legais de fiscaliza��o, controle e concess�o de licen�as, verificar. Estranha-se, no entanto, que os caminhos do di�logo sejam colocados de lado por uma atitude que, antes mesmo de um parecer da Justi�a, j� traz temor e inquietude aos frequentadores e aos demais entes do segmento.

O Mineir�o tem agenda divulgada para os pr�ximos meses, com ingressos vendidos e � venda, e o compromisso dos produtores com fornecedores e prestadores de servi�o. Al�m de preju�zos comerciais e contratuais – j� acertados ou os que viriam a ocorrer –, o reflexo foi percebido de imediato, com uma avalanche de questionamentos nas redes sociais de toda a cadeia produtiva.

E se j� n�o bastasse, � desrespeitoso e desumano colocar em xeque – apenas para ficar em um exemplo – o �ltimo show da carreira do cantor e compositor Milton Nascimento, �cone da M�sica Popular Brasileira, marcado para o dia 13 de novembro. � de igual forma temer�rio e insensato desvirtuar o planejamento de milhares e milhares de f�s deste ou daquele cantor ou estilo musical que l� se apresentar� nas pr�ximas semanas.

Esta carta � um manifesto pelo Mineir�o mas, essencialmente, pela cidade de Belo Horizonte, que, aos poucos, volta aos trilhos do turismo de neg�cio, dos festivais musicais e de atra��es internacionais, antes limitadas ao eixo Rio-S�o Paulo. Um povo festeiro e hospitaleiro como o mineiro merece um lugar grandioso para extravasar seus anseios.

O Mineir�o n�o � meu, n�o � seu. O Mineir�o � nosso, como cantam as torcidas h� mais de 50 anos. Ele � patrim�nio do Estado de Minas Gerais, hoje, administrado pela iniciativa privada. Palco de craques do futebol e, cada vez mais, de artistas da m�sica. Tornou-se multiuso e ecl�tico, com espa�os para diferentes paix�es.

Faz parte da rota do entretenimento de Minas Gerais. Que emociona, que diverte, que emprega milhares de pessoas, direta e indiretamente. O Mineir�o � um instrumento de cultura belo-horizontina e uma roda gigante da economia mineira, junto com outros equipamentos. Fez e faz acontecer. Realiza sonhos. Promove espet�culos. Pulsa na veia de quem o desfruta. � parte da minha, da sua, da nossa vida. Tem hist�ria e merece respeito. Queremos di�logo. O pleito de proibir � radical. Precisamos construir pontes e n�o fechar portas."


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