
Por�m, o j�ri, ap�s cerca de 15 horas de julgamento, que terminou na madrugada de quinta-feira (27/10), considerou que Jorge Marra agiu em “leg�tima defesa”. O advogado de acusa��o informou, tamb�m � reportagem, que j� recorreu da decis�o.
“Est�vamos esperando que a justi�a fosse feita. Trata-se de um caso que h� imagens mostrando que o C�ssio estava de costas [quando foi alvejado]. As fotos periciais mostram que ele levou tiros nas costas, na nuca e na cabe�a. A massa encef�lica estava no ch�o. Uma das pessoas que estavam l� [testemunha] escutou meu marido falando ‘pelo amor de Deus, n�o me mata’. Leg�tima defesa? Defesa do qu�? Dizer que n�o foi um homic�dio � um tapa na cara da sociedade”, iniciou Nayara.
“Ent�o, fiquei estarrecida quando os sete jurados acreditaram nessa tese. Nunca imaginei que haveria pena m�xima, mas esperava, ao menos, uma condena��o. Essa decis�o da justi�a foi surreal. Recebi in�meras manifesta��es de pessoas criticando a absolvi��o”, complementou.
Vale dizer que o ex-secret�rio absolvido � irm�o do prefeito de Patroc�nio Deir� Marra (PSB). Nesse sentido, para a vi�va do ex-vereador, os membros do j�ri sofreram “algum tipo de interven��o” e, por isso, “n�o foram imparciais”. “O prefeito ficou o tempo todo de frente para os jurados intimidando-os, olhando feio, amea�ando com olhares. As pessoas t�m medo em virtude do poder pol�tico e financeiro que ele tem”, avaliou.
Por fim, Nayara tamb�m contestou as alega��es do advogado de defesa, S�rgio Rodrigues Leonardo, de que o seu marido fosse uma “pessoa agressiva” e “fazia uma persegui��o pol�tica infundada”. “Convivi com o C�ssio por 13 anos, e ele nunca foi violento ou portou uma arma. Meu marido nunca foi alvo de algu�m em registro de ocorr�ncia policial, mas ele possu�a muitas diverg�ncias pol�ticas”, rebateu.
Nessa quinta-feira (27/10), o advogado da fam�lia de Remis, M�rcio Grossi, disse � reportagem que a decis�o contrariou todas as provas dos autos. Com isso, um recurso foi encaminhado ao Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG) pedindo a anula��o do julgamento.
“O que C�ssio n�o concordava era com os desmandos pol�ticos do Jorge Marra e de sua fam�lia. O C�ssio combatia a corrup��o em Patroc�nio. Por�m, ele combatia de forma legal, com o Judici�rio”, afirmou Grossi, destacando ainda que o alto poder pol�tico e econ�mico da fam�lia de Marra interferiu diretamente na decis�o do conselho de senten�a.