
“J� estamos providenciando o pagamento de todas as bolsas dos estudantes e dos contratos de servi�os terceirizados, como �gua e luz, que n�o estavam sendo pagos. (...). N�o podemos deixar de destacar o enorme impacto que esse bloqueio, ao nosso ver injustific�vel, teve na vida das pessoas que dependem das bolsas para viver”, pontua a reitora, referindo-se aos bolsistas de p�s-gradua��o e programas de gradua��o e extens�o.
Caso a medida n�o fosse revertida, o impacto do corte no or�amento poderia variar de R$ 7,6 milh�es at� R$ 10 milh�es. A UFMG, no entanto, n�o especificou em n�meros o quanto, efetivamente, o corte gerou de impacto nas finan�as da institui��o.
Ao todo, a UFMG sofreu quatro contingenciamentos em 2022, mas o de dezembro foi o mais prejudicial, segundo balan�o da institui��o. Logo, o bloqueio or�ament�rio imposto pelo governo federal em 1º de dezembro for�ou a universidade a atrasar o pagamento de cerca de 1,6 mil bolsistas dos programas de ensino e extens�o e 1,7 mil profissionais terceirizados. Cerca de 2,3 mil p�s-graduandos – mestrado, doutorado e p�s-doutorado – receberam suas bolsas com atraso.
O �ltimo contingenciamento das verbas foi divulgado em 28 de novembro. O Minist�rio da Educa��o, por�m, liberou os recursos em seguida. No mesmo dia, o governo Bolsonaro interrompeu os pagamentos do MEC e de universidades em dezembro. A decis�o atingiu todas as unidades vinculadas � pasta, inclusive a rede federal de ensino superior e representou um impacto de R$ 366 milh�es �s institui��es de ensino.
Impactos no or�amento para o pr�ximo ano
No caso da UFMG, o or�amento de 2022, j� insuficiente, ser� “ainda mais corro�do com as multas que ser�o cobradas pelos pagamentos atrasados”, avalia a reitora. Os sucessivos bloqueios, segundo ela, v�o impactar o planejamento das contas da universidade em 2023. “O corte efetuado em maio, no valor de R$ 16 milh�es, n�o foi revertido e ter� fortes consequ�ncias no pr�ximo ano”, acrescenta.