Neste m�s, a mineradora ainda firmou um acordo em audi�ncia de concilia��o no Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG) no qual se compromete a pagar R$ 500 milh�es para repara��o de danos.
Em fevereiro de 2019, moradores em �reas de risco no distrito de Macacos tiveram que sair do local, pois a barragem foi elevada ao n�vel 3 de emerg�ncia – o m�ximo na escala de risco de rompimento (leia mais abaixo). A evacua��o veio acompanhada de danos ambientais e socioecon�micos, segundo apurado pelo Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG). No entanto, em dezembro de 2022, tr�s anos depois, o n�vel foi rebaixado, o que eliminou o risco de acidentes.
Agora, em um novo cap�tulo, a mineradora diz que foram feitos tr�s t�neis com o objetivo de aumentar a capacidade de vaz�o da conten��o. Conforme a Vale, a inten��o � mitigar os riscos de alagamentos, como aconteceu na regi�o ap�s as intensas chuvas de janeiro deste ano.
“Os t�neis foram constru�dos paralelos uns aos outros, na regi�o abaixo do canal extravasor da conten��o, e j� contam com sistema composto por tr�s comportas. Eles t�m aproximadamente 124 metros de comprimento e dois metros de di�metro cada”, explica a Vale, destacando que, com a melhoria, “a vaz�o efluente mais que dobrou”.
Vale dizer que, al�m do MPMG, o acordo com a Vale foi assinado em conjunto com a Defensoria P�blica de Minas Gerais (DPMG), o Minist�rio P�blico Federal (MPF) e o munic�pio de Nova Lima. As a��es na regi�o est�o inseridas dentro do intitulado “Plano de Repara��o e Compensa��o Integral”, que contempla tr�s programas: transfer�ncia de renda; requalifica��o do com�rcio e turismo; e fortalecimento do servi�o p�blico municipal e demandas das comunidades atingidas.
Impacto para a popula��o de Macacos
Distrito tur�stico de Nova Lima, na Grande BH, Macacos, em 2019, ficou marcado pelo risco de uma barragem que poderia eclodir a qualquer momento, conforme pontua a promotora de Justi�a de Defesa do Meio Ambiente de Nova Lima, Claudia de Oliveira Ignez. Segundo ela, a localidade trata-se de uma “p�rola tur�stica na regi�o e seu com�rcio nessa �rea foi quase dizimado”.
“Os moradores perderam sua fonte de renda e passaram a ter problemas de sa�de mental. A popula��o ainda sofre com o medo. Muitas pessoas, inclusive crian�as, est�o tomando medicamentos controlados por causa do que aconteceu”, comenta. O investimento no com�rcio e turismo de Macacos foi dividido em quatro eixos tem�ticos: infraestrutura, paisagismo e urbanismo; informa��o e seguran�a; ecoturismo; e apoio ao empreendedor.
Descaracteriza��o
Conforme a Vale, mais de 50% dos rejeitos foram retirados do reservat�rio da barragem B3/B4, o que melhorou as condi��es de estabilidade e viabilizou a redu��o do n�vel de emerg�ncia. A previs�o � de que o processo de descaracteriza��o seja conclu�do em 2025.
O trabalho de remo��o de rejeitos da B3/B4, principal etapa do processo de descaracteriza��o, � realizado por meio de equipamentos controlados de forma remota pelos operadores dos tratores, caminh�es, niveladoras e das escavadeiras. Os trabalhadores ficam em um pr�dio em Belo Horizonte, fora da �rea de risco, a 15 quil�metros da barragem.
O trabalho de remo��o de rejeitos da B3/B4, principal etapa do processo de descaracteriza��o, � realizado por meio de equipamentos controlados de forma remota pelos operadores dos tratores, caminh�es, niveladoras e das escavadeiras. Os trabalhadores ficam em um pr�dio em Belo Horizonte, fora da �rea de risco, a 15 quil�metros da barragem.
A barragem que trouxe risco aos moradores de Macacos � uma das 30 constru�das com alteamentos � montante, assim como era a estrutura que se rompeu em Brumadinho e em Mariana, em 2015.