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Estado de Minas TRANSPORTE

Situa��o das estradas mineiras piorou 311% em 2022

Pesquisa da CNT mostra aumento de 311% na precariedade da malha rodovi�ria do estado


19/01/2023 04:00 - atualizado 19/01/2023 09:49

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Principal problema no estado � a eros�o na pista, que representa 47% das ocorr�ncias de pontos cr�ticos (foto: Pol�cia Federal / Divulga��o - 8/2/17)
Maior malha rodovi�ria do Brasil, Minas Gerais teve um aumento de mais de 311% na precariedade de suas estradas em 2022. Nesse per�odo, os motoristas que trafegaram pelas rodovias mineiras tiveram que enfrentar um ponto cr�tico a cada 40 quil�metros percorridos. Esse cen�rio, que inclui problemas com buracos grandes, eros�es na pista, queda de barreiras ou pontes ca�das, foi divulgado ontem pela Confedera��o Nacional do Transporte (CNT).
 
Para o levantamento, foram percorridos 15.256 quil�metros de estradas pavimentadas e identificados 387 pontos cr�ticos. Comparado com os dados do estudo de 2021, esse indicador representa um aumento de 311,7%, quando foram identificados 94 problemas nas estradas mineiras. “Esse � um n�mero muito elevado para a malha de um s� estado.
 
Rodovias ruins e situa��es cr�ticas revelam um quadro de grande defici�ncia”, destaca Bruno Batista, diretor-executivo da CNT. Minas Gerais tamb�m lidera as ocorr�ncias relacionadas a queda de barreiras no pa�s (123 casos), mas o principal problema do estado � a eros�o na pista, que representa 47% das ocorr�ncias. “Isso est� relacionado � pr�pria topografia do estado, que � muito montanhoso, e a falta de manuten��o das vias, especialmente no per�odo de chuvas”, aponta Batista.
 
Os dados da CNT apontam uma escalada de pontos cr�ticos nas rodovias mineiras nos �ltimos anos. Os trechos p�blicos federais foram os que apresentaram maior n�mero de ocorr�ncias de pontos cr�ticos (229) e tamb�m a maior densidade, com cerca de quatro casos a cada 100 quil�metros pesquisados.


Em 2022, tamb�m foram registrados 72 trechos com grandes buracos e 10 pontos estreitos, onde � poss�vel apenas o tr�fego de um ve�culo. “S�o ocorr�ncias em que h� grande comprometimento da seguran�a ou da fluidez do tr�fego naquele local. � uma situa��o bastante delicada na nossa malha rodovi�ria, porque dela depende a movimenta��o de praticamente 90% dos passageiros do Brasil e mais de 60% da carga”, destaca Batista.
 
A BR-116 aparece entre as rodovias mais cr�ticas do estado, com 69 ocorr�ncias, seguida pela MG-120 (38 ocorr�ncias) e pela BR-381 (31 ocorr�ncias). Do total de 387 problemas identificados, apenas seis estavam recebendo algum tipo de interven��o no per�odo da pesquisa.

Procurado pela reportagem, o Departamento de Edifica��es e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG), respons�vel pela MG-120, disse que monitora de forma rotineira as condi��es de tr�fego das rodovias estaduais e realiza a��es preventivas de manuten��o e conserva��o rotineira antes do per�odo chuvoso.

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), por sua vez, informou que os trechos da BR-381 e BR-116, sob responsabilidade da autarquia, "contam com contratos de manuten��o ativos e outros segmentos passam por estudos e licita��es de projetos de revitaliza��o e restaura��o". 

 

Sinaliza��o ruim


Al�m do perigo nas vias, 60% desses pontos cr�ticos de Minas Gerais n�o estavam devidamente sinalizados. “Na pr�tica, o condutor vai se deparar com uma situa��o muito grave em termos de seguran�a, sem que ele seja avisado previamente. O motorista nem sequer � alertado previamente pela sinaliza��o de que ele vai encontrar esse problema adiante na estrada”, alerta o diretor da CNT.

O baixo investimento na manuten��o das rodovias n�o apenas traz mais problemas como tamb�m gastos. Em 2021, a CNT estimou a necessidade de investimento na ordem de R$ 1,88 bilh�o para sanar os pontos cr�ticos nas rodovias brasileiras. No ano seguinte, como os problemas perduraram e novos surgiram, o montante aumentou para R$ 5,2 bilh�es.

“O investimento muito baixo em rodovias ao longo dos �ltimos anos est� fazendo com que elas cheguem a um limite de durabilidade. Os problemas come�am a aparecer e v�o ficando cada vez mais graves. Em paralelo a isso, al�m de ficar mais graves, eles acabam ficando bem mais caros para ser recuperados”, aponta.

Estradas brasileiras


buraco na Via 240
Condutores desviam de buracos na Via 240, na Regi�o Norte de Belo Horizonte (foto: Jair Amaral/EM/D.A.Press)


A escala da precariedade nas estradas n�o acontece s� em Minas. Em toda a extens�o das malhas rodovi�rias brasileiras, destaca-se que 22,6% dos pontos cr�ticos observados j� haviam sido registrados em anos anteriores.

No ano passado, foram registrados 2.610 pontos cr�ticos nas rodovias brasileiras, n�mero 50% maior quando comparado com 2021. As rodovias com gest�o p�blica, tanto estadual quanto federal, apresentaram as maiores densidades de pontos cr�ticos no decorrer do per�odo de 10 anos, sendo que as estaduais p�blicas se sobressaem em todos os anos. Os dados apontam para um aumento de 50% em rela��o a 2021, quando foram registradas 1.739 ocorr�ncias.
 
Em 2012, o motorista encontrava, em m�dia, um ponto cr�tico a cada 372,4 quil�metros, ao passo que, em 2021, essa extens�o foi reduzida para 63 quil�metros. A situa��o piora nas regi�es Norte e Nordeste, que concentram os maiores quantitativos de pontos cr�ticos a cada 100 quil�metros.

O destaque fica por conta do Acre. Em 2021, o estado foi o maior entre todos os demais nos 10 anos considerados, correspondendo a quase 13 pontos cr�ticos a cada 100 quil�metros. Os pontos cr�ticos, como buracos e pontes estreitas, apresentam a maior porcentagem de locais sem sinaliza��o, com 98,7% e 94,4%, respectivamente. O Par� aparece com o maior registro de buracos grandes (291).


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