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Estado de Minas GRANDE BH

Relat�rio aponta quase uma morte por quil�metro em trecho da BR-040

Engenheiro que passa frequentemente por trecho da estrada decidiu fazer levantamento de acidentes para pressionar melhorias na rodovia


25/01/2023 19:14 - atualizado 26/01/2023 08:38

Buraco na BR-040
Trecho � repleto de buracos e fluxo intenso de carretas (foto: Alexandre Guzanshe /EM/D.A Press)
A situa��o na BR-040 na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, no sentido Rio de Janeiro, � motivo de preocupa��o constante mesmo para quem utiliza o trecho em viagens espor�dicas - a dor de cabe�a se torna ainda maior para os que passam sempre pelo local. � o caso do engenheiro civil H�rzio Mansur, que se dedicou a contabilizar os acidentes e mortes ocorridos entre os quil�metros 563 e 617 da estrada nos �ltimos dois anos.

Entre dezembro de 2020 e dezembro de 2022, Mansur contabilizou as ocorr�ncias em um trecho de 54 quil�metros entre Nova Lima e Conselheiro Lafaiete e chegou a n�meros preocupantes deste pequeno ponto da rodovia, a mais mortal do estado

Na contabiliza��o do engenheiro civil, no per�odo de an�lise, aconteceram 272 sinistros no trecho em quest�o, ocasionando 53 mortes, quase uma por quil�metro. O levantamento foi feito por Mansur a partir de observa��o pr�pria, da comunica��o oficial da concession�ria que administra o trecho e da Pol�cia Rodovi�ria Federal (PRF).

O relat�rio apresenta v�rios detalhamentos sobre os sinistros registrados. Entre os pontos mais perigosos do trecho, por exemplo, est�o os quil�metros 588, 593, 611 e 614, todos eles com mais de dez ocorr�ncias no per�odo.


Outubro � o m�s com mais acidentes (31), e julho, o com mais mortes (9). Entre os dias da semana, a segunda-feira concentra os recordes de mais sinistros e ocorr�ncias fatais, com 49 e 15, respectivamente.
 
 

Acidentes e contextos

 
Mansur tamb�m destaca que as carretas est�o envolvidas em parte relevante dos acidentes: s�o 127 dos 272, 46,7%. Nas mortes, a presen�a de ve�culos pesados � ainda mais significativa: 28 dos �bitos aconteceram com envolvimento de caminh�es, mais da metade do total. Com muitas mineradoras no local, o fluxo de transportes de carga � um ponto destacado pelo engenheiro.

Al�m de contabilizar os acidentes e seus contextos, o engenheiro, que tem forma��o com �nfase em tr�nsito, tamb�m elenca no relat�rio problemas estruturais do trecho da 040, que podem contribuir para a alta incid�ncia de sinistros. Entre os pontos est�o:
  • Aus�ncia de balan�as
  • Longos trechos sem acostamento;
  • Afunilamentos dos tra�ados da via para transposi��o de pontes e viadutos em m�o dupla simples
  • Defici�ncias, incluindo sua limpeza, nas sinaliza��es horizontais e verticais
  • Manuten��o prec�ria do pavimento e da drenagem
  • Pontos com drenagens insuficientes
  • Intercess�es entre vias rodovi�rias e urbanas no mesmo n�vel e em cruzamentos simples
  • Alta sinuosidade
  • Elevadas gradua��es de rampas
  • Disponibilidade prec�ria de passarelas
  • Alto n�vel de utiliza��o por parte de ve�culos (carros, caminhonetes, �nibus, carretas e caminh�es) de mineradoras.
 
 
H�rzio Mansur aponta que o relat�rio foi feito com a inten��o de chamar a aten��o de autoridades para as condi��es da rodovia. Ele est� em contato com o Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG), com o governo estadual e a prefeitura de Congonhas, mas ressalta que o documento deve servir para que qualquer pessoa o utilize como forma de pressionar por mudan�as na estrada.

O engenheiro mora em Nova Lima e � titular de um cart�rio em Congonhas e, portanto, passa em frequ�ncia quase di�ria pelo trecho estudado no relat�rio. Ele conta que j� sofreu um acidente na rodovia e que decidiu produzir o levantamento ap�s a morte de um colega de profiss�o na mesma estrada.

Veja abaixo, o relat�rio na �ntegra:



 


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