
Na contabiliza��o do engenheiro civil, no per�odo de an�lise, aconteceram 272 sinistros no trecho em quest�o, ocasionando 53 mortes, quase uma por quil�metro. O levantamento foi feito por Mansur a partir de observa��o pr�pria, da comunica��o oficial da concession�ria que administra o trecho e da Pol�cia Rodovi�ria Federal (PRF).
O relat�rio apresenta v�rios detalhamentos sobre os sinistros registrados. Entre os pontos mais perigosos do trecho, por exemplo, est�o os quil�metros 588, 593, 611 e 614, todos eles com mais de dez ocorr�ncias no per�odo.
Outubro � o m�s com mais acidentes (31), e julho, o com mais mortes (9). Entre os dias da semana, a segunda-feira concentra os recordes de mais sinistros e ocorr�ncias fatais, com 49 e 15, respectivamente.
Acidentes e contextos
Mansur tamb�m destaca que as carretas est�o envolvidas em parte relevante dos acidentes: s�o 127 dos 272, 46,7%. Nas mortes, a presen�a de ve�culos pesados � ainda mais significativa: 28 dos �bitos aconteceram com envolvimento de caminh�es, mais da metade do total. Com muitas mineradoras no local, o fluxo de transportes de carga � um ponto destacado pelo engenheiro.
Al�m de contabilizar os acidentes e seus contextos, o engenheiro, que tem forma��o com �nfase em tr�nsito, tamb�m elenca no relat�rio problemas estruturais do trecho da 040, que podem contribuir para a alta incid�ncia de sinistros. Entre os pontos est�o:
- Aus�ncia de balan�as
- Longos trechos sem acostamento;
- Afunilamentos dos tra�ados da via para transposi��o de pontes e viadutos em m�o dupla simples
- Defici�ncias, incluindo sua limpeza, nas sinaliza��es horizontais e verticais
- Manuten��o prec�ria do pavimento e da drenagem
- Pontos com drenagens insuficientes
- Intercess�es entre vias rodovi�rias e urbanas no mesmo n�vel e em cruzamentos simples
- Alta sinuosidade
- Elevadas gradua��es de rampas
- Disponibilidade prec�ria de passarelas
- Alto n�vel de utiliza��o por parte de ve�culos (carros, caminhonetes, �nibus, carretas e caminh�es) de mineradoras.
H�rzio Mansur aponta que o relat�rio foi feito com a inten��o de chamar a aten��o de autoridades para as condi��es da rodovia. Ele est� em contato com o Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG), com o governo estadual e a prefeitura de Congonhas, mas ressalta que o documento deve servir para que qualquer pessoa o utilize como forma de pressionar por mudan�as na estrada.
O engenheiro mora em Nova Lima e � titular de um cart�rio em Congonhas e, portanto, passa em frequ�ncia quase di�ria pelo trecho estudado no relat�rio. Ele conta que j� sofreu um acidente na rodovia e que decidiu produzir o levantamento ap�s a morte de um colega de profiss�o na mesma estrada.