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Estado de Minas CASO BACKER

Testemunhas de defesa dos donos da Backer come�am a ser ouvidas em BH

A defesa dos donos da Backer afirma que as testemunhas apresentadas foram escolhidas pela vincula��o especificamente com a produ��o da cerveja


20/03/2023 10:05 - atualizado 20/03/2023 10:46

Copo de cerveja da Backer
As mortes ocorreram depois do consumo da cerveja Belorizontina, que era fabricada pela empresa (foto: Divulga��o)
A segunda fase do julgamento dos donos da cervejaria Backer pelo homic�dio culposo (quando n�o h� inten��o de matar) de dez pessoas come�a na segunda-feira (20), no F�rum Lafayette, a primeira inst�ncia da justi�a estadual em Belo Horizonte.

 

As mortes ocorreram depois do consumo da cerveja Belorizontina, que era fabricada pela empresa. Outras 19 pessoas, pelo menos, foram intoxicadas e, at� hoje, mais de tr�s anos depois de tornados p�blicos os primeiros casos, em janeiro de 2020, ainda sofrem com problemas renais e neurol�gicos.

 

 

A primeira fase do julgamento dos donos da Backer, que s�o Ana Paula Lebbos, Munir Lebbos e Halim Lebbos, ocorreu em maio de 2022 e envolveu os interrogat�rios de v�timas e familiares. Ao todo foram ouvidas 27 pessoas.

 

Os donos da empresa respondem tamb�m por les�o corporal. A pena por homic�dio culposo � de at� tr�s anos de cadeia. J� a por les�o corporal � de deten��o por at� um ano.

 

Nesta segunda fase do julgamento ser�o ouvidas cerca de 60 pessoas, conforme o f�rum Lafayette. A expectativa � que os depoimentos durem 11 dias. Os interrogat�rios ocorrer�o de forma presencial e por videoconfer�ncia. Na sequ�ncia passa-se �s alega��es finais e pronunciamento de senten�a.

 

As apura��es da Pol�cia Civil apontaram que a Belorizontina consumida pelas v�timas estava contaminada com uma subst�ncia chamada dietilenoglicol, utilizada na refrigera��o de tanques. Segundo a corpora��o, a subst�ncia, que circulava em dutos no entorno dos reservat�rios da cerveja, teria entrado em contato com a bebida por furos.

 

A empres�ria Eliana Reis, vi�va de Jos� Osvaldo de Faria, apontado como um dos mortos em decorr�ncia do consumo da Belorizontina, ainda n�o sabe se vai acompanhar as audi�ncias. "Acho que vou passar mal", diz.

 

"Como 'mestres cervejeiros', que eram professores dando curso de 'como fazer sua cerveja em casa', n�o sabiam o que estavam fazendo"?, questiona. "Como defender o indefens�vel", acrescenta.

TESTEMUNHAS

A defesa dos donos da Backer afirma que as testemunhas apresentadas foram escolhidas pela vincula��o especificamente com a produ��o da cerveja, especialmente onde ocorreu a contamina��o. Encerrada essa fase do julgamento, passa-se � da produ��o da senten�a.

 

"Diante de um direito da defesa em arrolar as testemunhas, foram designadas 12 audi�ncias para as 60 oitivas; de forma que os trabalhos est�o sendo muito bem conduzidos pelo magistrado oficiante. Tratando-se de a��o penal, o MP � parte e participa ativamente do processo", afirmou, em nota, o MP-MG (Minist�rio P�blico de Minas Gerais), que apresentou a den�ncia contra os donos da cervejaria. 

RETORNO

Em abril de 2022, o Minist�rio da Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento autorizou a retomada do funcionamento de parte da f�brica da Backer, em Belo Horizonte.

 

� �poca, o minist�rio informou que a empresa havia atendido a exig�ncias de seguran�a e aboliu o dietilenoglicol de seu processo de produ��o.

 

No m�s seguinte, ainda em decorr�ncia da produ��o da Belorizontina, o minist�rio aplicou multa de R$ 5 milh�es � empresa por ter produzido, engarrafado e comercializado, em 2020, 39 lotes de cerveja com dietilenoglicol ou monoetilenoglicol, tamb�m utilizado em processos de refrigera��o.

 


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