
De acordo com a UFMG, at� o momento n�o h� uma defini��o sobre os poss�veis valores e as condi��es do reajuste de pre�os. No entanto, em um v�deo publicado nas redes sociais, Luiza Datas, coordenadora-geral do Diret�rio Central dos Estudantes da universidade, afirma que o bandej�o dever� passar de R$ 5,60 para R$ 9,40.
“Nos �ltimos seis anos a gente n�o viveu nenhum aumento do valor do bandej�o da UFMG e durante todo esse tempo, o que a reitoria fez foi complementar o valor de R$ 5,60 at� o real valor de custo da refei��o, com verbas que vinham da Fump (Funda��o Universit�ria Mendes Pimentel), mas esse recurso acabou”, explicou Luiza.
A reportagem procurou a universidade, que informou que, at� o momento, a institui��o tem apenas desenvolvido estudos sobre o reajuste de pre�os das refei��es.
A UFMG n�o explicou como ficaria, por exemplo, os alunos assistidos pela Fump, que t�m descontos ou gratuidades, de acordo com o n�vel de assist�ncia.
A UFMG n�o explicou como ficaria, por exemplo, os alunos assistidos pela Fump, que t�m descontos ou gratuidades, de acordo com o n�vel de assist�ncia.
A universidade informou tamb�m que n�o procede a informa��o de que os novos estudantes n�o ter�o acesso � assist�ncia da Fump.
Dentro do c�mpus, os estudantes, aqueles que mais se beneficiam dos restaurantes universit�rios, compartilham sentimentos de indigna��o e se organizam contra a possibilidade do reajuste.
O DCE promoveu uma assembleia-geral de estudantes no gramado da reitoria para debater sobre o aumento, na tarde dessa ter�a-feira (21/3).
Maria Lu�sa estuda Engenharia de Controle e Automa��o e come no bandej�o praticamente todos os dias. “Entendo que queiram aumentar, a maior parte da comida do bandej�o � � vontade e muita gente come l� diariamente”, comentou. “Mas, ao mesmo tempo, fico indignada porque vai ficar muito caro pra comer todo dia. Vai ficar quase o pre�o de uma refei��o em outro restaurante, como por exemplo da engenharia, que eu evito comer para economizar.”
Ela tamb�m comentou sobre a inviabilidade de almo�ar e jantar no restaurante universit�rio caso o pre�o aumente.
A estudante de odontologia Isabella Prando, membro do Diret�rio Acad�mico do curso, afirmou que o aumento do pre�o do bandej�o coloca muitos alunos em situa��o de vulnerabilidade. “O aumento impacta, principalmente, na qualidade de vida das pessoas que moram longe de casa para estudar", afirma. “Esse dinheiro que aumenta nas refei��es deixa de ser investido em outras �reas da vida do estudante, como sa�de e lazer.”
Isabella ainda acrescentou que a medida pode acentuar os �ndices de evas�o do curso de Odontologia, que j� possui uma lista de material extremamente cara e dif�cil de custear para muitos que dependem de pol�ticas de assist�ncia estudantil, fator que incentiva o trancamento total do curso por muitos alunos de menor renda.
“O aumento do valor, al�m de absurdo, � excludente. Muitos estudantes dependem do bandej�o para se alimentar, sejam assistidos pela Fump ou n�o, e como o pre�o praticado nas cantinas � abusivo, a melhor alternativa � o restaurante universit�rio. Com o aumento do pre�o, os estudantes v�o acabar optando por se alimentar pior,preferindo ir �s cantinas comer salgados do que fazer uma refei��o mais completa”, completou Arthur Mota, estudante de Jornalismo na UFMG.
"Muitos estudantes n�o tem mais aux�lio financeiro dos pais, moram longe da sua fam�lia, as vezes s�o at� de estados distantes. Muitos deles dependem do RU para realizar refei��es a baixo custo, mesmo aqueles que n�o s�o assistidos pelas pol�ticas de permanencia", argumentou Cesar Ferreira, tamb�m estudante de Jornalismo na institui��o.
O bandej�o da UFMG �, atualmente, um dos mais caros do Brasil. Fica atr�s de universidades como a de Bras�lia (UnB), que cobra R$ 6,10, e da UFMS, que cobra R$ 15,01. Em outras universidades pelo pa�s, como UFPI, UFMA e UFPA os pre�os cobrados s�o de R$ 0,80, R$ 1,25 e R$ 1.
*Estagi�ria sob supervis�o