
Nesta semana, o Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG) obteve decis�o favor�vel em rela��o ao recurso que pedia a execu��o provis�ria da senten�a contra o m�dico. De acordo com o �rg�o, os argumentos foram acolhidos pelo ministro Ricardo Lewandowski, que cassou a decis�o da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justi�a (STJ).
�lvaro e outros m�dicos s�o acusados de adotar procedimentos ilegais para forjar a morte cerebral de Paulo Pavesi e, em seguida, retirar e transplantar os �rg�os da crian�a. O caso ficou conhecido como a “M�fia dos Transplantes”.
Outras condena��es
Outros dois m�dicos envolvidos no crime foram condenados em janeiro de 2021. Jos� Luis Gomes da Silva e Jos� Luis Bonfitto tamb�m responderam por homic�dio qualificado por motivo torpe e n�o puderam recorrer em liberdade.
J� Marco Alexandre Pacheco da Fonseca, tamb�m m�dico, foi absolvido pelo j�ri. A conclus�o foi que a atitude do r�u n�o gerou a causa da morte do menino.
Relembre o caso
Paulo Veronesi Pavesi, de 10 anos, caiu de uma altura de 10 metros no pr�dio em que morava em Po�os de Caldas, em abril de 2000. Ele foi levado para o Hospital Pedro Sanches e, dois dias depois, transferido para a Santa Casa da cidade, onde os m�dicos teriam constatado a morte cerebral e que os �rg�os da crian�a haviam sido retirados e transplantados.
No entanto, a suspeita � que ele estava clinicamente vivo quando seus �rg�os foram retirados.
No entanto, a suspeita � que ele estava clinicamente vivo quando seus �rg�os foram retirados.
O pai da crian�a desconfiou das circunst�ncias da morte depois de receber uma conta do hospital de quase R$ 12 mil. De acordo com as informa��es, a cobran�a era referente a medicamentos para remo��o de �rg�os, que, na verdade, deveriam ser pagos pelo Sistema �nico de Sa�de (SUS).
O caso levou a uma investiga��o sobre irregularidades no esquema de transplante de �rg�os em Po�os de Caldas. A conclus�o do inqu�rito da Pol�cia Federal apontou que o exame para constatar a morte cerebral do menino foi irregular.
A investiga��o deu origem a outros inqu�ritos, e a Santa Casa perdeu o credenciamento para realizar transplantes de �rg�os. De acordo com o Minist�rio P�blico, a documenta��o que comprovou a morte encef�lica do menino foi forjada com objetivo de tornar a crian�a uma doadora.
Segundo o Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG), na den�ncia consta que a equipe m�dica cometeu uma s�rie de atos e omiss�es volunt�rias forjando a morte do menino para que ele fosse doador de �rg�os.