
De acordo com o Minist�rio P�blico de Minas Gerais, a mulher e seu filho, Diego Pinheiro dos Santos, se apropriaram dos documentos da m�e das crian�as, K�tia Cristina Alves Robes, para cadastr�-la no benef�cio do Governo Federal. No entanto, o dinheiro nunca teria sido repassado para a benefici�ria.
A mulher e seus filhos, Diego e Lalesca, tamb�m est�o sendo acusados de manter os filhos de K�tia em c�rcere privado, obrig�-los a fazer trabalhos bra�ais, agredi-los e abandon�-los. Os crimes teriam acontecido em S�o Joaquim de Bicas e em Belo Horizonte.
Como as fam�lias se conheceram
Enquanto j� estava presa na Penitenci�ria de Vespasiano, suspeita da morte de seu filho, de 4 anos, em 6 de fevereiro de 2023, K�tia escreveu uma carta contando sobre como come�ou a morar no mesmo lote que a fam�lia de Terezinha. Segundo seu relato, ela, os quatro filhos e o marido, Wellington Camelo Gomes, chegaram a Belo Horizonte h� cerca de um ano e meio, vindos de Jo�o Pinheiro, na Regi�o Noroeste de Minas Gerais. Ainda na rodovi�ria da capital, ela teria conhecido Terezinha, que ofereceu trabalho em seu s�tio, em S�o Joaquim de Bicas. L�, conheceu Diego e Lalesca, filhos de Terezinha.
Em entrevista ao Estado de Minas, no dia 24 de fevereiro, o antigo advogado de K�tia relatou o que teria acontecido � fam�lia logo depois que chegaram a S�o Joaquim de Bicas. O ent�o defensor contou que, depois de dois meses no s�tio, Terezinha e Lalesca teriam dito � K�tia e Wellington que eles poderiam receber indeniza��es da Vale pelo rompimento da Barragem de Brumadinho, em janeiro de 2019. As mulheres teriam, ainda, se oferecido para fazer o cadastro do casal, mas iriam querer parte do valor.
Conforme o relato da mulher, logo ap�s a reuni�o para falar sobre a poss�vel indeniza��o, ela e os filhos foram levados para Belo Horizonte. Ela contou, ainda, que depois que voltou para o s�tio na Grande BH nunca mais viu seu marido. "Quando chegamos no s�tio, ela falou para mim que meu marido tinha ido embora. A� eu comecei a chorar e ela disse para eu n�o preocupar com nada que ela ia me ajudar".
Na carta, entregue � dire��o do pres�dio, a m�e das crian�as ainda contou que foi mantida afastada de seus filhos homens, e que teve sua filha rec�m-nascida tirada de seus bra�os logo ap�s seu nascimento.
Apesar disso, ela tamb�m est� sendo acusada pela morte do filho de 4 anos, e pelo c�rcere e trabalho for�ado dos outros dois meninos. De acordo com o Minist�rio P�blico de Minas Gerais a mulher devia e podia agir para evitar a morte de seu filho al�m das torturas a que seus filhos foram submetidos, “em raz�o de sua obriga��o legal de cuidado, prote��o ou vigil�ncia”. O �rg�o ainda apontou que ela foi acusada de agredir as crian�as.