
A cl�nica Lorena Marcondes estava com o alvar� vencido desde outubro do ano passado. Inicialmente, por irregularidades constatadas e, por fim, por se recusar a apresentar o prontu�rio de um paciente que teve a boca necrosada em um dos procedimentos. A Junta de Julgamento da Sa�de apontou risco sanit�rio diante da den�ncia recebida.
Antes, em 2021, ela foi interditada depois de os fiscais constatarem a presen�a de materiais e manuais para a realiza��o de procedimentos cir�rgicos, como otoplastia e rinoplastia, aos quais a biom�dica n�o estava autorizada em raz�o de sua forma��o.
Em outubro do mesmo ano, o alvar�, com validade de 12 meses, foi liberado para procedimentos minimamente invasivos.
As investiga��es da Pol�cia Civil de Minas Gerais (PCMG) apontam, inicialmente, que a paciente foi submetida a procedimento invasivo, como lipoaspira��o ou lipoescultura, al�m de enxerto nas n�degas.
Ap�s o ocorrido com a paciente, e com os ind�cios de procedimento invasivo, a cl�nica foi interditada pela Vigil�ncia Sanit�ria no mesmo dia do fato.
Forma��o da CPI
Foram nomeados para integrar a CPI da Permuta Est�tica - como foi nomeada - os vereadores: Fl�vio Marra (Patriota), Edsom Sousa (CDN), Roger Viegas (Republicanos), Ademir Silva (MDB) e Diego Espino (PSC).
Ao protocolar o documento, Marra disse entender que houve neglig�ncia e que � necess�rio identificar o respons�vel. “Essa CPI � para a gente tirar a ‘sujeirada’ debaixo do tapete e ver o que de fato aconteceu, quem est� errado e punir quem realmente errou. A gente entende que teve, pelo jeito, neglig�ncia, omiss�o e at� muitas parcerias”, afirmou Fl�vio Marra ao protocolar a CPI.
'Tranquilidade'
Em nota, a assessoria de comunica��o informou que a “Prefeitura de Divin�polis est� tranquila, uma vez que a fiscaliza��o sanit�ria tem poder de pol�cia, e trabalha de forma independente com profissionais t�cnicos qualificados”.
Disse tamb�m que, como j� foi respondido anteriormente pela vice-prefeita e secret�ria de governo Janete Aparecida (PSC), “n�o houve nenhuma interfer�ncia por parte do prefeito, vice ou qualquer um, em rela��o �s tratativas da Vigil�ncia Sanit�ria, que � um �rg�o independente”.
Por determina��o da vice-prefeita, a Secretaria Municipal de Sa�de (Semusa) instaurou sindic�ncia para “elucida��o do processo de fiscaliza��o do estabelecimento”.
Investiga��es criminais
A biom�dica est� presa desde a madrugada de ter�a-feira (9/5), no pres�dio Floramar, em Divin�polis. A PCMG trabalha, inicialmente, com a hip�tese de homic�dio doloso com dolo eventual.
Segundo o �rg�o, ela teria assumido o risco de matar ao executar um procedimento sem a devida habilita��o. A pol�cia tamb�m aponta exerc�cio ilegal da medicina.
*Amanda Quintiliano especial para o EM
