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Estado de Minas INGREDIENTE INDESEJADO

Larvas e pedras: alunos da UFOP e UFV denunciam situa��o de bandej�es

V�deos que circulam nas redes sociais mostram a recorr�ncia com que "corpos estranhos" s�o encontrados nas refei��es dos bandej�es das universidades


26/05/2023 09:00 - atualizado 26/05/2023 19:26
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Larva foi encontrada em salada servida no restaurante universitário da UFOP e rato é visto dentro do restaurante universitário da UFV
Apesar de estarem a 128,2 km de dist�ncia um dos outros, alunos da UFOP e UFV encontram larvas e pedras nas refei��es dos bandej�es (foto: Arquivo Pessoal )
Larvas, pedras e at� a presen�a de ratos. Esses t�m sido os acompanhamentos das refei��es servidas aos estudantes das universidades federais de Ouro Preto e Vi�osa. V�deos que circulam nas redes sociais mostram a recorr�ncia com que “corpos estranhos” s�o encontrados nos alimentos preparados e servidos pelos restaurantes universit�rios das duas institui��es. 
Gabriel Borges cursa jornalismo na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e � um dos usu�rios que encontraram larvas em seu prato de comida. Em entrevista ao Estado de Minas, o jovem relatou que tinha o costume de almo�ar no restaurante universit�rio do campus Mariana, mais precisamente localizado dentro do Instituto de Ci�ncias Sociais Aplicadas. Apesar de sempre ouvir cr�ticas em rela��o � qualidade e sabor da comida, Gabriel sempre a achou “ok”. 

“No dia em quest�o, eu achei uma larva branca em um caro�o de feij�o, quando fui misturar o feij�o no arroz. Tirei ela da comida e coloquei fora da bandeja. Eu comi normalmente a refei��o at� porque j� tinha pago e estava com fome, por�m, fiquei pensando se aquilo poderia me causar algum mal estar ou coisa do tipo”, disse. 

As refei��es dos restaurantes mantidos pela UFOP est�o entre as mais caras em universidades do pa�s. Em abril deste ano, a reitoria da institui��o informou um novo reajuste. Desde ent�o, estudantes de gradua��o e p�s-gradua��o regularmente matriculados pagam R$ 7,06. J� os alunos em situa��o de vulnerabilidade socioecon�mica, assistidos pelo Programa de Bolsa-Alimenta��o, t�m garantida a gratuidade. 

Nas redes sociais, as pessoas marcaram o perfil da universidade cobrando provid�ncias. Os usu�rios tamb�m endossaram as den�ncias, afirmando o qu�o corriqueiro � encontrar larvas e at� pedras em suas refei��es. 

Em comunicado oficial, emitido na manh� desta quinta-feira (25/5), a UFOP informou que os alimentos hortifrutigranjeiros fornecidos pela empresa terceirizada, respons�vel pelo preparo e pela oferta das refei��es, s�o desinfetados antes do preparo com uma solu��o � base de cloro e depois lavados em �gua corrente. No entanto, o servi�o � feito de forma manual, o que “aumenta o risco de passar alguma sujidade”. 
“Trata-se, portanto, de um processo complexo, o que n�o justifica a recorr�ncia de problemas. Nesse caso espec�fico, as ocorr�ncias anteriores foram notificadas, e a empresa respons�vel substituiu os alimentos estocados, al�m de realizar um novo treinamento com a equipe envolvida”, informou a universidade.

Al�m disso, a institui��o afirmou que a nota atribu�da � empresa terceirizada pela fiscaliza��o da universidade � 7,18 - em um m�ximo de 9. “A atual empresa obteve a maior nota poss�vel na primeira avalia��o e, na segunda, a m�dia caiu para 7,18, resultando em um abatimento de 10% no valor a ser pago pelas 33.135 refei��es disponibilizadas na primeira quinzena de maio”. 

Vi�osa

Apesar de estarem a 128,2 km de dist�ncia de Ouro Preto, os estudantes da Universidade Federal de Vi�osa (UFV) tamb�m passam por situa��es semelhantes �s dos colegas da UFOP. Nicole Isabel, cursa biologia e afirma que a qualidade e variedade das refei��es oferecidas pela terceirizada evidencia “um completo descaso”. 

Nicole conta que a higiene dos locais tamb�m n�o � das melhores. Ela afirma que j� encontraram ratos dentro do restaurante universit�rio, tanto na parte de produ��o de comida quanto no sal�o, onde as refei��es s�o feitas e servidas.

“Larvas s�o quase parte constituinte do card�pio do RU (restaurante universit�rio). Normalmente na salada, salada mal higienizada, sempre tem larvinha, carac�is. Teve uma �poca que a gelatina tinha bolor; o neg�cio meio que fermentava, criava bolor e eles distribuiam mesmo assim. Teve uma feijoada muito esquisita tamb�m h� um tempo atr�s, com uns peda�os de porco com muitos pelos, umas coisas muito evidentes”, relata. 

A graduanda de biologia afirma que, desde que as ocorr�ncias ficaram recorrentes, muitos alunos deixaram de usar o bandej�es. “O RU cobra R$ 7,35, e � um completo descaso, um neg�cio muito porco. A comida � ruim de qualidade e variedade, e quando varia s�o essas varia��es meio indesejadas."

Por meio de nota, a UFV informou que foi “pega de surpresa” com as den�ncias feitas � reportagem pelos alunos. De acordo com a institui��o, at� a publica��o da mat�ria nenhuma reclama��o ou den�ncia, em rela��o � qualidade e higiene das refei��es oferecidas, foi feita. “Se uma denuncia, como a apresentada pelo jornal, chegar at� a Administra��o da Universidade, ela ser� devidamente investigada e reparada, se for o caso”.

Al�m disso, a reitoria afirmou que diversas visitas t�cnicas foram feitas aos restaurantes universit�rios, inclusive com a presen�a de representantes de movimentos estudantis. “Dentre as v�rias exig�ncias �s empresas contratadas, est�o a apresenta��o de alvar� sanit�rio, servi�o de dedetiza��o e desratiza��o, bem como o cumprimento do manual de boas pr�ticas de fabrica��o e de procedimentos operacionais padronizados. Al�m disso, as atividades das empresas terceirizadas s�o acompanhadas de perto, periodicamente, pelas equipes de gest�o e fiscaliza��o t�cnica presentes nos tr�s campi”. 


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