
Por 15 dias, a contar do dia 9 de junho, os pacientes ser�o atendidos pelo cl�nico-geral e encaminhados a especialistas (cirurgia/pediatra/ortopedista) quando necess�rio e solicitado pelo cl�nico assistente do caso. A mudan�a ir� acarretar na demora dos atendimentos que j� chegam a mais de cinco horas de espera.
“Devido ao n�mero reduzido de cl�nicos para o atendimento de porta, podendo extrapolar o prazo pelo Protocolo de Manchester, ademais ser�o priorizados os casos de emerg�ncia m�dica”, consta no documento.
O problema j� se estende h� algumas semanas. O IBRAPP tem alegado dificuldades para encontrar m�dicos. Dentre as medidas adotadas est�, inclusive, o aumento do valor pago pelo plant�o.
Atualmente s�o aplicados tr�s valores para plant�es de 12 horas: R$ 1,1 mil de segunda a sexta; R$ 1,2 mil s�bado e domingo durante o dia e R$ 1,3 mil para sexta, s�bado e domingo � noite.
Para tentar preencher as escalas, segundo a empresa, foram oferecidos R$ 2,8 mil por plant�o, mesmo assim, sem sucesso.
Superlota��o
A UPA est� operando com lota��o m�xima. A sobrecarga, que reflete nos profissionais, � outro problema apontado pela gestora. Entre sexta (9/6) e domingo (11/6) foram realizados 870 atendimentos, a maior parte (629) de pacientes que poderiam ser acolhidos por Unidades B�sicas de Sa�de. Os outros 241 eram classificados como urg�ncia, muito urgente e emerg�ncia.
“A UPA � uma institui��o de porta aberta voltada para os atendimentos de urg�ncia e emerg�ncia”, afirma o IBRAPP.
A orienta��o � para que esses pacientes n�o urgentes procurem os postos de sa�de mais pr�ximo de casa, sendo que sete deles funcionam at� as 22hs. A popula��o que est� com s�ndrome gripal leve pode procurar tamb�m o Ambulat�rio da Gripe, montado na Policl�nica.
Al�m disso, h� a superlota��o. Para se ter ideia, at� as 17h30 desta segunda-feira (12/6), havia 42 pessoas aguardando vagas em hospitais. O servi�o � de responsabilidade da Central de Regula��o por meio do SUS-F�cil.
Sem delibera��o do conselho
Embora j� em pr�tica, o plano de conting�ncia n�o foi apresentado ao Conselho Municipal de Sa�de para delibera��o. Na semana passada, uma reuni�o foi realizada na UPA com a participa��o do prefeito Gleidson Azevedo (PSC) e da vice-prefeita Janete Aparecida, com a presen�a tamb�m do presidente da entidade Guilherme Lacerda.
“Sa� de l� com um combinado de entregarem at� sexta-feira (9/6) or�amentos que comprovem os valores de mercados (plant�es m�dicos) para reajustar esse contrato e com o combinado de pautar uma reuni�o extraordin�ria para aprovar ou n�o essa proposta. At� agora n�o tive nenhum pedido”, afirmou.
A aus�ncia do plano foi questionada, inclusive, segundo Lacerda, por ele, mediante o aumento de casos de dengue, s�ndrome respirat�ria e riscos, por exemplo, de acidentes com grandes propor��es que podem demandar a unidade como suporte.
A reportagem do Estado de Minas entrou em contato com a prefeitura de Divin�polis, por�m n�o obteve retorno at� a publica��o desta mat�ria.
Audi�ncia P�blica
Polo da macrorregi�o Oeste de Sa�de, os gargalos enfrentados em Divin�polis e o impacto para os demais munic�pios ser�o debatidos, nesta ter�a-feira (13/6), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
S� a UPA � porta de entrada para seis cidades: Carmo do Cajuru, Perdig�o, S�o Sebasti�o do Oeste, S�o Gon�alo do Par�, Ara�jos, al�m de Divin�polis.
A audi�ncia p�blica ser� realizada a pedido da deputada estadual Lohanna Fran�a (PV). Dentre os pontos, ser� discutida, por exemplo, a aus�ncia do Plano Municipal de Sa�de.
A falta do documento que tra�a as metas e estrat�gias resultou na instaura��o de procedimento preparat�rio pelo Minist�rio P�blico de Contas de Minas Gerais. A prefeitura tem at� o fim deste m�s para dar explica��es.
Aus�ncia de m�dicos no munic�pio tamb�m foi indagada pelo procurador.
*Amanda Quintiliano especial para o EM
