
A deten��o aconteceu 23 anos ap�s o crime, depois que o Superior Tribunal de Justi�a cassou a liminar que impedia a pris�o de Ianhez. Ele est� sendo encaminhado para a cidade de S�o Paulo (SP), onde vai ficar � disposi��o da Justi�a.
De acordo com o Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG), a Secretaria de Estado de Seguran�a P�blica e Justi�a de Minas j� foi comunicada da pris�o. “Caber� ao Departamento Penitenci�rio de Minas Gerais a transfer�ncia do preso para uma unidade prisional do estado.”
Ianhez foi condenado por homic�dio qualificado por motivo torpe. Em sua decis�o, o juiz respons�vel pelo caso considerou o crime hediondo e n�o concedeu ao condenado a possibilidade de recorrer em liberdade. No entanto, a defesa do m�dico apresentou v�rios pedidos para impedir a pris�o, e o STJ concedeu a liminar em 29 de abril de 2022.
Outras condena��es
Outros dois m�dicos envolvidos no crime foram condenados em janeiro de 2021. Jos� Luis Gomes da Silva e Jos� Luis Bonfitto tamb�m responderam por homic�dio qualificado por motivo torpe e n�o puderam recorrer em liberdade.
J� Marco Alexandre Pacheco da Fonseca, tamb�m m�dico, foi absolvido pelo j�ri. A conclus�o foi que a atitude do r�u n�o gerou a causa da morte do menino.
Relembre o caso
Paulo Veronesi Pavesi caiu de uma altura de 10 metros do pr�dio onde morava em Po�os de Caldas, em abril de 2000. Ele foi levado para o Hospital Pedro Sanches e, dois dias depois, transferido para a Santa Casa da cidade, onde os m�dicos teriam constatado a morte cerebral e que os �rg�os da crian�a haviam sido retirados e transplantados.
No entanto, a suspeita � que ele estava clinicamente vivo quando seus �rg�os foram retirados.
O pai da crian�a desconfiou das circunst�ncias da morte depois de receber uma conta do hospital de quase R$ 12 mil. De acordo com as informa��es, a cobran�a era referente a medicamentos para remo��o de �rg�os, que, na verdade, deveriam ser pagos pelo Sistema �nico de Sa�de (SUS).
O caso levou a uma investiga��o sobre irregularidades no esquema de transplante de �rg�os em Po�os de Caldas. A conclus�o do inqu�rito da Pol�cia Federal apontou que o exame para constatar a morte cerebral do menino foi irregular.
A investiga��o deu origem a outros inqu�ritos, e a Santa Casa perdeu o credenciamento para realizar transplantes de �rg�os. De acordo com o Minist�rio P�blico (MP), a documenta��o que comprovou a morte encef�lica do menino foi forjada com o objetivo de tornar a crian�a uma doadora.
Segundo o Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG), na den�ncia consta que a equipe m�dica cometeu uma s�rie de atos e omiss�es volunt�rias forjando a morte do menino para que ele fosse doador de �rg�os.