
A solicita��o aconteceu tendo em vista a possibilidade do local se tornar foco de dissemina��o da gripe avi�ria de alta patogenicidade, ou seja, que pode causar graves sinais cl�nicos e altas taxas de mortalidade.
Ao Estado de Minas, o superintendente do Mercado Central, Luiz Carlos Braga afirmou que at� as 18h desta ter�a-feira a administra��o do local ainda n�o havia sido notificada. O diretor disse, ainda, que pedidos para a retirada dos animais � constante e que, em rela��o � dissemina��o do v�rus H5N1 - causador da gripe avi�ria - n�o h� nenhum “embasamento cient�fico”.
“N�s ainda n�o fomos notificados pela Justi�a, mas essa quest�o n�o tem nenhum embasamento cient�fico. S� porque tem acontecido casos l� no Esp�rito Santo eles est�o falando que t�m que recolher os avi�rios do Mercado. Mas a�, tem que recolher de outros locais que comercializam aves, das granjas”, disse Braga.
Pedido do MPMG
Na liminar enviada pelo Minist�rio P�blico, as promotoras de Justi�a Fernanda H�nigmann e Luciana Imaculada de Paula afirmaram que “n�o h� d�vida sobre a intensa aglomera��o de aves” no Mercado Central. Al�m disso, as advogadas explicam que a manuten��o de animais e alimentos no mesmo ambiente tamb�m traz preocupa��es.
“Haja vista a poss�vel propaga��o de zoonoses e doen�as, especialmente a Influenza Avi�ria, tendo em vista o atual surto mundial, � imprescind�vel que a situa��o dos animais abrigados no Mercado Central seja revista, n�o somente pelo bem-estar deles, mas tamb�m como medida de sa�de p�blica”, afirmam.
As representantes do MPMG afirmam ainda que “a maior preocupa��o, neste momento, � evitar que a gripe avi�ria chegue nas granjas e na cria��o de aves para a alimenta��o pr�pria, j� que a doen�a se espalha rapidamente entre os animais. Caso ela se dissemine, os animais precisar�o ser sacrificados”.
Vendas proibidas
No dia 22 de maio, o Ministro da Agricultura e Pecu�ria (MAPA), Carlos F�varo, decretou estado de emerg�ncia zoossanit�ria devido ao aumento de contamina��es de aves silvestres pelo v�rus H5N1. A medida � v�lida at� o meio de novembro deste ano, 180 dias. O texto ainda prorroga, por tempo indeterminado, a suspens�o de exposi��es, torneios, feiras e outros eventos com aglomera��es de aves.
Al�m disso, criadouros de aves ao ar livre, com acesso a piquetes sem telas na parte superior tamb�m est�o, temporariamente, interditados. A medida se aplica a quaisquer esp�cies de aves de produ��o, ornamentais, passeriformes, aves silvestres ou ex�ticas em cativeiro e demais aves criadas para outras finalidades.
At� o momento, conforme dados do MAPA, nenhum caso da doen�a foi confirmado em Minas Gerais. Onze poss�veis infec��es de aves foram descartadas. No entanto, 53 contamina��es j� foram confirmadas em todo o pa�s. Os estados atingidos s�o: Esp�rito Santo, 28, Bahia, 3, Rio de Janeiro, 13, Paran�, 3, e S�o Paulo, 4, Santa Catarina, 1, e Rio Grande do Sul, 1.
Contamina��o humana
De acordo com o MAPA, a infec��o de humanos pelo v�rus acontece, principalmente, por meio do contato direto com aves infectadas, vivas ou mortas. Assim, a pasta refor�a o pedido para que, caso aves doentes sejam encontradas, a popula��o acione o servi�o veterin�rio local. “N�o se deve tocar nem recolher aves doentes. A doen�a n�o � transmitida pelo consumo de carne de aves e nem de ovos."