(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas MAIOR ATEN��O

Febre maculosa: casos aumentam em per�odo de seca, veja a��es

Entre os meses de abril e outubro, mais casos da doen�a s�o registrados. Confira as a��es para controle da doen�a e cuidados necess�rios.


11/07/2023 16:24 - atualizado 11/07/2023 18:01
432

Capivara de frente para uma lagoa
As capivaras, conhecidas hospedeiras do carrapato transmissor da Febre Maculosa, tamb�m s�o alvo de a��es planejadas e estrat�gicas (foto: Leandro Couri/EM/D.A.Press.Brasil.MG.Belo Horizonte)
 
Durante os meses de seca, registrados no per�odo de abril e outubro, se acende um alerta para a febre maculosa, doen�a j� conhecida em Minas Gerais. Isso porque, nessa �poca do ano � quando o carrapato-estrela, principal vetor da doen�a, se reproduz com maior intensidade. Segundo dados da Secretaria de Estado de Sa�de de Minas Gerais (SES-MG), at� o dia 11 de julho, foram registrados 14 casos da doen�a, sendo que 4 deles levaram a �bito, o que representa uma mortalidade de quase 30%. Diante desse cen�rio, os �rg�os p�blicos realizam a��es para controle da doen�a.
 

Embora a porcentagem pare�a alta, a SES-MG esclarece que o n�mero de casos registrados at� o momento est� dentro do esperado. O membro da Sociedade Brasileira de Infectologia, Marcelo Sim�o Ferreira explica: “A febre maculosa � uma doen�a end�mica em Minas Gerais, principalmente nas cidades ao redor de Belo Horizonte e interior, onde o cavalo � o principal hospedeiro do carrapato que transmite a doen�a. Ent�o � sempre esperado que ocorram casos na regi�o, mais do que em outras regi�es do Brasil”, explica.
 

Ainda segundo Marcelo, os n�meros da doen�a no restante do pa�s tamb�m n�o s�o alarmantes. Foram registrados 60 casos at� o momento, tendo 11 deles levado a �bito. “O esperado para o Brasil � de 100 a 150 casos por ano, ent�o 60 at� o momento est� dentro do esperado. As principais �reas afetadas s�o: S�o Paulo, na regi�o de Campinas e Sorocaba, nas cidades mais ao interior de Minas Gerais e na Regi�o Serrana do Rio de Janeiro.”, explica o infectologista.

� importante destacar tamb�m que, apesar de os casos de febre maculosa possam ocorrer durante todo o ano, � uma doen�a considerada sazonal, sendo a maior frequ�ncia dos casos ocorrendo entre os meses de abril a outubro. “� uma �poca em que ocorre a reprodu��o mais intensa do carrapato. Ele pode ser encontrado na forma de larvas e ninfas no ambiente. S�o menores e d�o origem ao carrapato-estrela, podem permanecer mais tempo aderidas ao corpo das pessoas e propicia o contato com a bact�ria causadora da doen�a.”, Sim�es pontua.

A��es da Prefeitura de Belo Horizonte.

A Secretaria Municipal de Sa�de, afirma que, at� o momento, n�o h� registro da doen�a em Belo Horizonte no ano de 2023. No entanto, algumas a��es continuadas s�o adotadas para que a doen�a, de car�ter end�mico em Minas Gerais, seja devidamente controlada. 

De acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), “o munic�pio possui uma vigil�ncia epidemiol�gica cont�nua e sistem�tica para a preven��o e redu��o de riscos de ocorr�ncia da febre maculosa”. 

Entre as a��es de controle se encontram a realiza��o anual de controle vetorial em equ�deos. Al�m disso, as capivaras, conhecidas hospedeiras do carrapato transmissor, tamb�m s�o alvo de a��es planejadas e estrat�gicas, com a esteriliza��o para controle da popula��o, com o monitoramento dos animais por meio de microchip. A a��o resultou na redu��o das capivaras que vivem na regi�o da Pampulha, caindo de mais de 55 animais para menos de 15 atualmente.
 

A Funda��o de Parques Municipais e Zoobot�nica tamb�m informa que, at� o momento, n�o houve registro oficial da presen�a de carrapatos contaminados pela bact�ria da febre maculosa em parques de administra��o municipal. 

Os parques adotam medidas espec�ficas para garantir a seguran�a dos visitantes. O Parque Ecol�gico da Pampulha, por exemplo, conta com o cercamento da �rea limite do parque, o que impede o acesso de capivaras � �rea social/ de conv�vio e uso p�blico. Nesta �rea verde, os espa�os est�o sinalizados para a preven��o contra a doen�a desde 2017 e novas placas foram instaladas neste ano no local.  

Nos demais parques municipais tamb�m � feito o controle que evita a presen�a de animais dom�sticos de vida livre ou silvestres n�o nativos da �rea. Al�m disso, as medidas adotadas para preven��o de inc�ndios, como manuten��o dos gramados do parque em n�veis baixos, tamb�m constroem um ambiente menos prop�cio para a prolifera��o de carrapatos. 

Campanhas educativas preventivas tamb�m s�o realizadas nos parques com distribui��o de material informativo, sinaliza��o dos espa�os e outras a��es. 

A Prefeitura ainda esclarece que: “o usu�rio que identificar a presen�a de algum carrapato dentro dos parques, deve informar, se poss�vel no mesmo momento da identifica��o, � administra��o da unidade, para imediato acionamento do Centro de Controle de Zoonoses. O usu�rio tamb�m pode ligar para o telefone 156 e informar o ocorrido, solicitando vistoria no local.”

Atua��o em outras cidades

A SES-MG � respons�vel por monitoramento/vigil�ncia de casos humanos suspeitos e confirmados da doen�a e  vigil�ncia ambiental de �reas de risco, al�m de divulga��o de materiais informativos e treinamento para profissionais de sa�de.  
 
Nos munic�pios em que h� ocorr�ncia de febre maculosa, a Secretaria tamb�m atua realizando investiga��o epidemiol�gica e ambiental dos casos e planejamento de a��o de Vigil�ncia Acarol�gica e divulga��o de capacita��o para os profissionais de sa�de do munic�pio. 
 

O que � a febre maculosa? 

A febre maculosa � causada por bact�rias do g�nero Rickettsia e � transmitida pela picada de carrapatos infectados. Em Minas Gerais, os principais vetores da doen�a s�o os carrapatos do g�nero Amblyomma, tamb�m conhecidos como carrapato-estrela, carrapato de cavalo ou rodoleiro. 

Os equ�deos, can�deos, roedores como a capivara e marsupiais como o gamb� t�m importante participa��o no ciclo de transmiss�o da febre maculosa, podendo atuar como amplificadores de riqu�tsias e/ou como transportadores de carrapatos potencialmente infectados.

� uma doen�a febril aguda, de gravidade vari�vel, podendo se apresentar em formas leves e, em casos at�picos, mais graves, com elevada taxa de letalidade. 

Os principais sintomas s�o: febre, dor de cabe�a intensa, n�useas e v�mitos, diarreia e dor abdominal, dor muscular constante, incha�o e vermelhid�o nas palmas das m�os e sola dos p�s, gangrena nos dedos e orelhas, paralisia dos membros que inicia nas pernas e vai subindo at� os pulm�es causando parada respirat�ria.  Al�m disso, com a evolu��o da doen�a � comum o aparecimento de manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos, que n�o co�am, mas que podem aumentar em dire��o �s palmas das m�os, bra�os ou solas dos p�s.

Cuidados com a doen�a

Marcelo Sim�es destaca algumas dicas de preven��o contra febre maculosa. “Pessoas que vivem em �reas end�micas, onde se tem conhecimento da exist�ncia do carrapato transmissor da doen�a, � importante cobrir o corpo inteiro. Inclusive, � importante enfiar a cal�a dentro dos sapatos, para que n�o haja nenhuma exposi��o da pele.”, explica.

Al�m disso, o infectologista afirma que, caso n�o seja poss�vel cobrir todo o corpo, a utiliza��o do repelente � muito importante, e respons�vel por prevenir outras doen�as tamb�m. 

Marcelo acrescenta: “Se perceber o carrapato no corpo � importante n�o estourar. Utilize sempre pin�a para remov�-lo, ou pingue uma gota de �lcool no carrapato para que ele saia.”, explica Marcelo. 

Dicas da SES-MG: 

  • Uso de repelentes � base da subst�ncia Icaridina, que s�o eficazes na preven��o de picadas por carrapatos;
  • Uso de roupas de cor clara, vestimentas longas, cal�ados fechados (preferencialmente com meias brancas e de cano longo);
  • Uso de equipamentos de prote��o individual nas atividades ocupacionais (capina e limpeza de pastos);
  • Evitar sentar-se e deitar em gramados em atividades de lazer como caminhadas, piqueniques, pescarias etc.;
  • Examinar o corpo periodicamente, tendo em vista que quanto mais r�pido o carrapato for retirado do corpo, menor a chance de infec��o;
  • Utiliza��o peri�dica de carrapaticidas em c�es, cavalos e bois, conforme recomenda��es de
  • profissional m�dico veterin�rio;
  • Limpeza e capina peri�dica de �reas de vegeta��o pass�veis de cuidados.
*Estagi�ria com supervis�o do subeditor Diogo Finelli


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)