
Um ano depois da morte do motorista de caminh�o-reboque Anderson C�ndido de Melo, de 48 anos, assassinado pelo delegado Rafael de Souza Hor�cio, em um desentendimento de tr�nsito - o crime ocorreu na Avenida do Contorno, na altura do Bairro Lagoinha -, a fam�lia da v�tima passa pode ser despejada da casa onde mora.
A informa��o � do advogado da fam�lia, Rafael Nobre, que diz que desde a morte de Anderson, a fam�lia vem passando por s�rias dificuldades, tanto para pagar o aluguel como para se alimentar. “Eles est�o pedindo dinheiro emprestado a amigos e vizinhos para comprar comida”.
Em janeiro deste ano, o advogado entrou com um pedido para que o Estado de Minas Gerais pagasse pens�o � fam�lia de Anderson, o que foi deferido pela ju�za da 4ª Vara da fazenda Estadual -no entanto, nada foi pago at� hoje.
“Entrei em contato com a Secretaria da Fazenda e disseram que a pens�o solicitada seria paga a partir de agosto, ou seja, no pr�ximo m�s. “Entrei tamb�m com a solicita��o de uma multa, pelo n�o pagamento e espero que isso seja tamb�m acatado”, diz o Dr. Rafael.
O advogado entrou ainda com um pedido de indeniza��o e um pedido de Pensionamento, que significa ter uma pens�o vital�cia do estado. “Esperamos pela resposta positiva, mas at� hoje, nenhuma palavra sobre o assunto”.
O Crime
Segundo as investiga��es, o delegado e a v�tima trafegavam na Avenida do Contorno, quando come�ou uma briga por causa de uma manobra de tr�nsito. O delegado alegou ter sido fechado pelo motorista do caminh�o.
As apura��es apontaram que o delegado obstruiu a passagem do ve�culo conduzido por Anderson C�ndido de Melo, for�ando-o a parar. “Ap�s a deliberada obstru��o da via, com o ve�culo da v�tima inerte, o denunciado desembarcou do seu ve�culo, empunhou sua arma de fogo e atirou contra a v�tima, a qual permanecia assentada no interior da cabine, restando alvejada mortalmente na altura da regi�o cervical esquerda”, diz trecho da den�ncia.