(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas ASS�DIO SEXUAL

Dentista � preso por dizer que calcinha de paciente � 'muito pequena'

De imediato, a pol�cia foi at� o consult�rio e o dentista disse que apenas fez coment�rios sobre o que os outros pacientes tinham falado do short da garota


04/08/2023 19:42 - atualizado 04/08/2023 19:42
432

Dentista foi levado para a presídio e solto no dia seguinte
Dentista foi levado para a pres�dio e solto no dia seguinte (foto: Vin�cius Lemos)
Um dentista de Uberl�ndia, no Tri�ngulo Mineiro, foi preso suspeito de assediar uma paciente, de 17 anos, dentro do consult�rio. Ele teria levantado o short da jovem para olhar a calcinha dela e feito insinua��es sexuais. Ele foi solto no dia seguinte.
 
A pris�o foi feita na ter�a-feira (1/8). De acordo com o Boletim de Ocorr�ncia, a adolescente foi a �ltima paciente do dia e estava sozinha no consult�rio. Ele estava sem a auxiliar e come�ou a fazer perguntas sobre a fam�lia sentir ci�mes dela, do tamanho do short que ela usava e tamb�m sobre sua roupa �ntima.
 
Em seguida, de acordo com a jovem, teria pedido desculpas pelas perguntas, mas logo voltou a faz�-las, que em determinado momento ainda teria colocado a m�o no short dela para ver a roupa �ntima que ela usava. A garota disse que ficou muito constrangida e n�o reagiu.
 
 
Ele teria questionado se a mo�a era “bagunceira” e que a calcinha dela era “muito pequena”.
 
Antes de ir embora, ele pediu para que mo�a n�o comentasse nada com ningu�m. A v�tima, entretanto, contou � fam�lia e procurou a Pol�cia Militar (PMMG). 
 
 
De imediato, a pol�cia foi at� o consult�rio e o dentista disse que apenas fez coment�rios sobre o que os outros pacientes tinham falado do short da garota. Ele foi preso em flagrante.
 
A defesa dele recorreu e, segundo a Secretaria de Estado de Justi�a e Seguran�a P�blica (Sejusp), foi concedido a ele, um dia depois da deten��o, a liberdade para responder pelo crime.
 

O que diz a lei sobre estupro no Brasil?

De acordo com o C�digo Penal Brasileiro, em seu artigo 213, na reda��o dada pela Lei  2.015, de 2009, estupro � ''constranger algu�m, mediante viol�ncia ou grave amea�a, a ter conjun��o carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso.''

No artigo 215 consta a viola��o sexual mediante fraude. Isso significa ''ter conjun��o carnal ou praticar outro ato libidinoso com algu�m, mediante fraude ou outro meio que impe�a ou dificulte a livre manifesta��o de vontade da v�tima''  

O que � ass�dio sexual?

artigo 216-A do C�digo Penal Brasileiro diz o que � o ass�dio sexual: ''Constranger algu�m com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condi��o de superior hier�rquico ou ascend�ncia inerentes ao exerc�cio de emprego, cargo ou fun��o.''

Leia tamb�m: Cidade feminista: mulheres relatam viol�ncia imposta pelos espa�os urbanos

O que � estupro contra vulner�vel?

O crime de estupro contra vulner�vel est� previsto no artigo 217-A. O texto veda a pr�tica de conjun��o carnal ou outro ato libidinoso com menor de 14 anos, sob pena de reclus�o de 8 a 15 anos.

No par�grafo 1º do mesmo artigo, a condi��o de vulner�vel � entendida para as pessoas que n�o tem o necess�rio discernimento para a pr�tica do ato, devido a enfermidade ou defici�ncia mental, ou que por algum motivo n�o possam se defender.

Penas pelos crimes contra a liberdade sexual

A pena para quem comete o crime de estupro pode variar de seis a 10 anos de pris�o. No entanto, se a agress�o resultar em les�o corporal de natureza grave ou se a v�tima tiver entre 14 e 17 anos, a pena vai de oito a 12 anos de reclus�o. E, se o crime resultar em morte, a condena��o salta para 12 a 30 anos de pris�o.

A pena por viola��o sexual mediante fraude � de reclus�o de dois a seis anos. Se o crime � cometido com o fim de obter vantagem econ�mica, aplica-se tamb�m multa.

No caso do crime de ass�dio sexual, a pena prevista na legisla��o brasileira � de deten��o de um a dois anos.

O que � a cultura do estupro?

O termo cultura do estupro tem sido usado desde os anos 1970 nos Estados Unidos, mas ganhou destaque no Brasil em 2016, ap�s a repercuss�o de um estupro coletivo ocorrido no Rio de Janeiro. Relativizar, silenciar ou culpar a v�tima s�o comportamentos t�picos da cultura do estupro. Entenda.

Como denunciar viol�ncia contra mulheres?

  • Ligue 180 para ajudar v�timas de abusos.
  • Em casos de emerg�ncialigue 190.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)