
O Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG) denunciou 27 pessoas por envolvimento em pir�mide financeira em Una�, cidade da Regi�o Noroeste do estado. O grupo � acusado de estelionato, crime contra a economia popular, gest�o fraudulenta e organiza��o criminosa ao captar recursos financeiros sob a promessa de lucros exorbitantes.
Ao todo, o MPMG identificou 98 v�timas das empresas Embaixador Investimentos e Embaixador Bank. Em maio de 2022, o Grupo de Atua��o Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em conjunto com a Pol�cia Civil, deflagrou a opera��o Mercadores do Templo. Na ocasi�o, foram cumpridos mandados de busca e apreens�o e de pris�o preventiva em Una�, Belo Horizonte, Contagem, Guanh�es, Bel�m (PA) e Bras�lia (DF).
Ao todo, foram apreendidos um Jeep Compass, uma BMW M3 Competition, uma BMW X7, uma Mercedes Benz, duas caminhonetes S10, um Toyota Cross XRE, um Renault Kwid Zen, um Jeep Renegade, um BMW 320i e R$ 2,6 milh�es em criptomoedas. Tamb�m foi bloqueado um total de R$ 2,1 milh�es das contas dos denunciados.
Na den�ncia, o MP pede a pris�o preventiva de quatro denunciados - inclusive do l�der do grupo criminoso, conhecido como embaixador -, al�m da aliena��o antecipada de bens apreendidos e da liquida��o das criptomoedas apreendidas. O quarteto � suspeito de atrapalhar as investiga��es por intimidar testemunhas e outras pessoas ligadas ao processo.
Como funcionava
De acordo com a investiga��o, os integrantes da organiza��o criminosa usavam a f� como principal meio de obter investidores para os supostos servi�os financeiros que ofereciam.
O chefe do grupo, inclusive, apresentava-se como “homem de Deus”, honesto e de conduta ilibada. Com sua orat�ria afiada e cita��o de passagens b�blicas, jarg�es de cunho religioso e m�sicas gospel, ele conseguia ludibriar as v�timas, convencendo-as a colocar as respectivas economias na pir�mide.
Para convencer as v�timas, as empresas do grupo criminoso ofereciam servi�os financeiros de alt�ssima - mas ilus�ria - rentabilidade, sob a promessa de juros remunerat�rios de 8,33% ao m�s para pessoa f�sica e de 10% ao m�s para pessoa jur�dica.
Contudo, conforme apurou-se durante as investiga��es, a forma de atua��o dos denunciados se assemelha ao modo de agir de grandes organiza��es criminosas respons�veis por delitos altamente complexos, conhecidos como “Esquemas Ponzi” ou pir�mides financeiras.
