
Al�m da gravidade do crime, a ju�za Juliana Beretta tamb�m considerou que "os fatos se deram em um s�bado � tarde, em pra�a p�blica de lazer, frequentada por crian�as e adultos, potencialmente colocados em risco".
O suspeito estava preso em uma unidade da Pol�cia Militar, na Pampulha, e agora segue para o sistema prisional, enquanto aguarda o julgamento. Procurada pela reportagem, o advogado de defesa do militar disse que n�o ir� se manifestar publicamente, apenas nos autos do processo. Ele ser� julgado pela pr�tica do crime de les�o corporal grav�ssima.
Familiares e amigos de Bruno aguardavam o resultado da audi�ncia de cust�dia na porta do F�rum Lafayette, na Regi�o Centro-Sul de BH. Com faixas e gritos por justi�a, eles comemoraram a decis�o. A expectativa � de que o crime seja convertido para tentativa de homic�dio, o que � confirmado pelos advogados contratados pela fam�lia, Gilmar Francisco dos Santos e Bruna Marques Vitebro.
Os advogados de Bruno pretendem incluir no processo a pr�tica de falsa comunica��o de crime, por supostas adultera��es no boletim de ocorr�ncia e pelo fato de o policial ter chamado Bruno de ladr�o, e dano ao patrim�nio particular, j� que o militar bateu no carro de Bruno com uma pedra.
A defesa ainda levou a hip�tese de que a v�tima tenha levado os tiros enquanto estava algemada. "Iremos, ao longo da semana, ir atr�s de novas provas. Desde s�bado, Bruno vem sendo tratado pela PM como bandido ", afirma a advogada do vigilante.

Relembre o caso
O crime ocorreu na tarde do �ltimo s�bado (2/10), na orla da Lagoa da Pampulha, quando Bruno dirigia um Renault Sandero, e teria dado uma fechada na motocicleta de Aldir. Irritado, o cabo da Pol�cia Militar, que estava de folga e � paisana, come�ou a discutir com o motorista, que estava indo jogar futebol com amigos.
Ao chegar � pra�a da Igrejinha da Pampulha, o policial parou a motocicleta e, com uma pedra, passou a dar golpes na lataria do Sandero. O vigilante, nervoso, partiu para cima do policial. Os dois entraram em luta corporal e, em dado momento, Aldir tentou sacar o rev�lver. Bruno conseguiu tomar a arma e a jogou em um canteiro de flores.
Logo em seguida, o vigilante correu para a base da Guarda Municipal, onde se abrigou, mas o militar recuperou a arma, entrou na base e atirou na cabe�a do vigilante. "Ele tentou desarm�-lo, j� que em momento algum foi comunicado que ele era um policial. A PM precisa esclarecer os fatos. Houve diversas altera��es no boletim de ocorr�ncias", afirma a advogada Bruna.