
O crime ocorreu nesse s�bado (30/9), dentro de um posto policial da Guarda Municipal, na orla da Pampulha. "Bruno relata que chegou a ser algemado dentro na base. Estamos apurando o que de fato aconteceu. Se o Bruno foi baleado algemado, h� essa possibilidade", afirmou a Bruna Marques Vitebro, advogada de defesa, em conversa com a imprensa.
Durante a audi�ncia de cust�dia do suspeito – Aldir Gon�alves Ramos, de 41 anos, militar lotado na Rotam –, familiares e amigos da v�tima fizeram protesto na porta do F�rum Lafayette, na Regi�o Centro-Sul de BH, e pediram justi�a por Bruno. Com faixas e gritos, eles comemoraram a decis�o da Justi�a, homologada pela ju�za Juliana Beretta Kirche Ferreira Pinto, em converter a pris�o do suspeito para preventiva.

O pr�ximo passo da defesa ser� tornar o processo contra o cabo da Pol�cia Militar, que hoje corre como les�o corporal graviss�ma, em tentativa de homic�dio. A defesa tamb�m pretende incluir outros danos, como falsa comunica��o de crime, por uma s�rie de suspeitas de adultera��es no boletim de ocorr�ncias, e dano ao patrim�nio, j� que Adir bateu no carro de Bruno com uma pedra.
"Tamb�m cabem danos na esfera civil. Bruno � o provedor da sua fam�lia, e agora est� impossibilitado de trabalhar com uma defici�ncia permanente. Vamos aguardar como ser� o p�s com rela��o a les�es neurol�gicas", afirma a advogada Bruna Marques Vitebro, advogada de defesa. "Iremos ao longo da semana atr�s de novas provas", completa.
O vigilante foi levado para o Hospital Jo�o XXIII, onde passou por cirurgia que durou 10 horas e meia. Ele perdeu um dos olhos e h� possibilidade de sequelas graves. Familiares afirmaram, em conversa com a imprensa, que ele estaria sendo amea�ado por policiais no hospital, e teme ficar sozinho.
Relembre o caso
O crime ocorreu na tarde do �ltimo s�bado (2/10), na orla da Lagoa da Pampulha, quando Bruno dirigia um Renault Sandero, e teria dado uma fechada na motocicleta de Aldir. Irritado, o cabo da Pol�cia Militar, que estava de folga e � paisana, come�ou a discutir com o motorista, que estava indo jogar futebol com amigos.
Ao chegar na pra�a da Igrejinha da Pampulha, o policial parou a motocicleta e, com uma pedra, passou a dar golpes na lataria do Sandero. O vigilante, nervoso, partiu para cima do policial. Os dois entraram em luta corporal e, em dado momento, Aldir tentou sacar o rev�lver. Bruno conseguiu tomar a arma e a jogou em um canteiro de flores.
Logo em seguida, o vigilante correu para a base da Guarda Municipal, onde se abrigou, mas o militar recuperou a arma, entrou na base e atirou na cabe�a do vigilante. "Ele tentou desarm�-lo, j� que em momento algum foi comunicado que ele era um policial. A PM precisa esclarecer os fatos. Houve diversas altera��es no boletim de ocorr�ncias", afirma a advogada Bruna.