A rotina do Minist�rio de Rela��es Exteriores da Venezuela, mudou. Entre o vai e vem de diplomatas e embaixadores, agora crian�as, mulheres e homens comuns, trabalhadores e desempregados, tamb�m dividem a sede da diplomacia venezuelana.
Essa foi parte da solu��o dada pelo presidente venezuelano Hugo Ch�vez para abrigar mais de cento e trinta mil v�timas das chuvas que castigaram a Venezuela em dezembro. A ordem do presidente foi transformar instala��es do pal�cio de Governo e da maioria dos minist�rios, em ref�gios.
Cildia Ara�jo, desemprega e gr�vida de quatro meses e m�e de outras duas crian�as, diz ter tido sorte e por pouco sua casa, no bairro de El Valle, na periferia da capital, n�o desmoronou em cima dela e dos filhos. Cildia conta que membros do conselho comunit�rio a convenceram a abandonar a casa, que estava em uma �rea de alto risco. Horas depois, o morro terminou de ceder.
Ela diz que est� bem no abrigo e que tem esperan�a de receber uma casa do governo: " O governo n�o diz quando (vai entregar a casa), mas tenho f� em Deus que minha casa vai sair logo".
S�o mais de setecentos refugiados que passaram a viver nos tr�s pr�dios que fazem parte da chancelaria venezuelana. Os que n�o trabalham, cooperam na organiza��o do ref�gio ou na cozinha.
As 177 fam�lias que vivem ali recebem tr�s refei��es di�rias e uma ajuda equivalente a um sal�rio m�nimo.
Para este ano, Ch�vez prometeu construir pelo menos cento e cinquenta mil casas novas.
Um desafio que pode ser determinante. Na opini�o de analistas, o que estar� em jogo ser� a reelei��o do presidente em 2012.
No poder desde 1999, Ch�vez ainda mant�m mais de 50% de popularidade.