Grupos de oposi��o e manifestantes contra o governo no Bahrein dizem que somente negociar�o com a monarquia do pa�s ap�s suas demandas por reformas serem aceitas. Eles pedem a ren�ncia do atual gabinete de governo, a liberta��o de prisioneiros pol�ticos e uma investiga��o sobre as mortes de manifestantes.
Seis pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas na semana passada ap�s as for�as de seguran�a terem dispersado manifestantes com viol�ncia. Os manifestantes restabeleceram um acampamento na pra�a P�rola, no centro da capital do pa�s, Manama, que havia sido esvaziada pelo Ex�rcito na madrugada da quinta-feira.
A retirada dos militares era uma das exig�ncias feitas pelos grupos opositores para dialogar com a monarquia.
Reformas
O pr�ncipe Salman foi encarregado pelo pai, o rei Hamad bin Isa al-Khalifa, de negociar com os grupos opositores.
Alguns l�deres da oposi��o afirmam querer reformas pol�ticas que levem o pa�s a se tornar uma monarquia constitucional democr�tica.
Mas alguns manifestantes tamb�m v�m pedindo a ren�ncia do rei Hamad. A fam�lia real pertence � minoria sunita do pa�s, enquanto a maioria dos manifestantes contra o governo pertence � maioria xiita, que se diz marginalizada e reprimida.
Apesar disso, muitos manifestantes t�m sido cautelosos ao descrever a revolta popular como n�o-sect�ria, cantando slogans como: “N�o h� sunitas ou xiitas, apenas a unidade barenita”.
O Bahrein � um dos v�rios pa�ses �rabes ou mu�ulmanos que v�m enfrentando manifesta��es pr�-democracia desde que a queda do presidente da Tun�sia, Zine El Abidine Ben Ali, em janeiro.
Desde ent�o, protestos populares tamb�m for�aram a ren�ncia do presidente do Egito, Hosni Mubarak, no dia 11 de fevereiro. Protestos populares tamb�m j� foram registrados em pa�ses como Ir�, I�men e Arg�lia.
Contatos
Segundo informa��es obtidas pela BBC, o pr�ncipe Salman fez contato com representantes de todos os grupos pol�ticos do pa�s, incluindo os principais grupos opositores xiitas.
Em um comunicado transmitido pela TV, o pr�ncipe apelou � uni�o nacional. “Espero que possamos nos dar as m�os, trabalhar juntos e nos comunicar com todas as for�as pol�ticas do pa�s”, afirmou.
“Juntem-se a n�s para acalmar a situa��o, para que possamos ter um dia de luto pelos nossos filhos perdidos”, disse. Em uma entrevista � TV CNN, ele pediu perd�o pelas mortes ocorridas na semana passada.
“Creio que h� muita raiva, muita tristeza, e nesse sentido gostaria de expressar meus p�sames a todas as fam�lias que perderam entes amados e a todos que foram feridos. Lamentamos profundamente. Isso � uma trag�dia para nossa na��o”, disse. Ele disse ainda que os manifestantes poder�o permanecer na pra�a P�rola.