Uni�o Europeia discute interven��o militar, exclus�o a�rea e mais san��es � L�bia

A ado��o de interven��o militar na L�bia e a imposi��o da exclus�o a�rea no pa�s s�o temas da reuni�o extraordin�ria que ocorre nesta sexta-feira em Godollo, na Hungria. Os ministros das Rela��es Exteriores dos 27 pa�ses que integram a Uni�o Europeia (UE) discutem essas alternativas e mais a possibilidade de ampliar as san��es econ�micas ao governo do presidente l�bio, Muammar Khadafi. Atualmente h� um embargo � venda de armas aos l�bios.

Nessa quinta-feira, o Parlamento Europeu aprovou resolu��o recomendando a imposi��o de uma zona de exclus�o a�rea na L�bia. Por essa decis�o, o espa�o a�reo l�bio dever� ser monitorado e controlado por for�as estrangeiras. No entanto, os europeus associaram a medida ao aval do Conselho de Seguran�a das Na��es Unidas.

No passado, o regime do Iraque ficou 12 anos sob a imposi��o de uma zona de exclus�o do espa�o a�reo e o Kosovo passou tr�s anos em situa��o semelhante. A proposta � defendida pelos governos da Fran�a, da Inglaterra e da Alemanha. Os Estados Unidos informaram que seguir�o o que as Na��es Unidas definirem.

Os chanceleres discutir�o a possibilidade de intensificar as san��es econ�micas ao regime de Khadafi. Uma das alternativas � estender as restri��es a opera��es banc�rias. Por enquanto, o Conselho de Seguran�a das Na��es Unidas e a Uni�o Europeia aprovaram o embargo � venda de armas aos l�bios.

Ontem, a Organiza��o do Tratado do Atl�ntico Norte (Otan) informou que h� disposi��o de usar mais embarca��es para assegurar a fiscaliza��o ao cumprimento do embargo para a venda de armas � L�bia. No entanto, a Otan disse que s� vai tomar essa decis�o se as Na��es Unidas autorizarem a medida.

A reuni�o dos chanceleres ser� utilizada tamb�m para analisar o que representantes de Khadafi conversaram com l�deres pol�ticos de Portugal, de Malta e da Gr�cia. O primeiro-ministro da Espanha, Jos� Luis Zapatero, negou-se a conversar, por telefone, com o presidente l�bio, informando que o momento era inadequado.

Para o Brasil, quaisquer medidas adotadas em rela��o � L�bia devem ser determinadas pelo Conselho de Seguran�a das Na��es Unidas. O ministro das Rela��es Exteriores, Antonio Patriota, afirmou que o governo brasileiro apoia as manifesta��es ocorridas n�o s� na L�bia, mas tamb�m em outros pa�ses do Norte da �frica e do Oriente M�dio.

No Conselho de Seguran�a das Na��es Unidas, a representante do Brasil, embaixadora Maria Luiza Viotti, votou favoravelmente ao embargo � venda de armas para os l�bios. Na Am�rica Latina, o presidente da Venezuela, Hugo Ch�vez, defende que uma comiss�o externa negocie a paz na L�bia. Por�m, a oposi��o a Khadafi n�o aceita a proposta de Ch�vez. Desde o �ltimo dia 15, h� conflitos na L�bia.