Uma nova explos�o atingiu o reator n�mero dois da usina nuclear de Fukushima 1 (a 240 km ao norte de T�quio) por volta de 18h desta segunda-feira (hor�rio de Bras�lia – 6h de ter�a no hor�rio japon�s), informou o governo do Jap�o.
Esta � a terceira explos�o desde que a usina foi afetada pelo terremoto, seguido por um tsunami, que atingiu a costa japonesa na �ltima sexta-feira (11). As outras duas explos�es aconteceram no s�bado e no domingo (hora de Bras�lia).
A afirma��o foi feita ap�s equipes tentarem resfriar as barras de combust�vel do reator durante cinco horas, injetando �gua do mar.
“'O reator n�o est� necessariamente em uma condi��o est�vel”, disse o chefe de gabinete Yukio Edano, em entrevista coletiva na manh� de ter�a-feira, no hor�rio do Jap�o.
Gabinete de crise
O primeiro-ministro japon�s, Naoto Kan, afirmou tamb�m na manh� de ter�a-feira que o governo e a Tokyo Electric Power Co (Tepco), empresa que opera a usina, criar�o uma equipe para enfrentar a crise nuclear que o pa�s enfrenta.
Al�m de Kan, integraram a equipe os ministros da Econmia e Com�rcio e Ind�stria do Jap�o, al�m do presidente da Tepco. “A situa��o continua preocupante, mas espero que com essa iniciativa a gente consiga superar a crise”, disse Kan. “Vou tomar todas as medidas para que os danos n�o aumentem”, afirmou o premi�.
Mais cedo, o Jap�o pediu formalmente aos Estados Unidos e � Ag�ncia Internacional de Energia At�mica (Aiea) --que integra a ONU (Organiza��o das Na��es Unidas)-- ajuda para controlar suas usinas nucleares. Os pedidos foram feitos depois que as autoridades japonesas informaram que as barras de combust�vel do reator 2 da usina estariam novamente expostas devido a uma queda do n�vel da �gua de resfriamento, aumentando os receios de uma eventual fus�o dos reatores.
Segundo a emissora japonesa NHK, as tentativas de resfriar a temperatura dentro da c�mara do reator n�mero 2 n�o funcionaram. Por isso, o bombeamento de �gua no circuito de refrigera��o teve que ser bloqueado, reduzindo o n�vel de �gua dentro do reator e impedindo o resfriamento da temperatura das barras, segundo informou a operadora Tepco � imprensa local.
Explos�es e vazamentos
A usina Fukushima foi alvo de duas explos�es desde o terremoto que atingiu o pa�s na sexta-feira. Depois de uma explos�o provocada por ac�mulo de hidrog�nio no recipiente secund�rio de conten��o dos reatores n�mero 1 e 3, o reator n�mero 2 da central apresentou uma pane nesta segunda-feira.
Por conta das explos�es, o n�vel de radia��o chegou a ficar oito vezes maior do que o normal no entorno da usina e mil vezes acima do padr�o dentro do reator. O governo japon�s ordenou que dezenas de milhares de fam�lias que vivem num raio de 20 km das usinas nucleares deixassem suas casas.
No entanto, a radia��o liberada nas usinas nucleares � considerada baixa e n�o oferece riscos � sa�de e ao ambiente. As medidas de precau��o tomadas pelas autoridades locais permitem descartar, por enquanto, qualquer efeito � sa�de humana, indica o Comit� Cient�fico da ONU sobre os Efeitos da Radia��o At�mica (Unscear).
"Por enquanto, do ponto de vista da sa�de p�blica, n�o estamos preocupados", declarou, nesta segunda-feira, � ag�ncia Efe, Malcolm Crick, do secretariado da Unscear em Viena. Segundo o especialista, de acordo com a informa��o que se disp�e at� agora, "todas as emiss�es (radioativas) que ocorreram s�o de muito baixo n�vel".
"S�o n�veis acima do normal, mas em nenhum caso representam uma amea�a para a vida", explicou Crick. Segundo ele, � preciso acompanhar e analisar a situa��o cuidadosamente, at� que a situa��o nas usinas nucleares volte a estar sob controle.