O chanceler da It�lia, Franco Frattini, defendeu nesta quarta-feira a instaura��o de um di�logo com as tribos da L�bia para realizar alian�as para a solu��o do conflito pol�tico no pa�s e para evitar que elas sejam "recrutadas" pelas for�as leais ao ditador Muammar Kadafi por pagamentos.
Frattini prestou um esclarecimento sobre a situa��o de emerg�ncia no pa�s norte-africano na Comiss�o de Rela��es Exteriores do Senado e da C�mara, que pretende debater a possibilidade de adotar um embargo econ�mico � L�bia.
Frattini voltou a rejeitar a ado��o de uma a��o militar de car�ter unilateral e negou que a It�lia possa participar de uma "coaliz�o" em uma situa��o na qual a "Europa est� dividida, o G8 est� dividido e a OTAN [Organiza��o do Tratado do Atl�ntico Norte] est� dividida".
O chanceler italiano esclareceu que "a It�lia � favor�vel a uma zona de exclus�o a�rea" na L�bia, mas se op�e a qualquer "a��o unilateral de tipo militar" que n�o seja autorizado pelo Conselho de Seguran�a (CS) da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU) em "um quadro de legitima��o regional".
"Quando a Liga �rabe e a Uni�o Africana falam" sobre "interven��es no territ�rio l�bio da terra, � evidente que a zona de exclus�o a�rea, que n�o � decisiva, � a perspectiva mais avan�ada", considerou Frattini. Por�m, ele recordou que nem sobre esta postura h�, ao menos, um acordo.
Neste sentido, ele apontou que o encontro entre a Uni�o Europeia, a Uni�o Africana e a Liga �rabe que se dar� "nos pr�ximos setes dias" oferecem "boas perspectivas" para "favorecer a adi��o no Conselho de Seguran�a de um pacote de medidas que inclua o cessar-fogo".
Frattini ainda pediu um "forte envolvimento pol�tico" n�o s� da Liga �rabe, mas da Uni�o Africana nesta reuni�o, e colocou que a postura da It�lia, que tamb�m inclui a defesa no patrulhamento naval na costa l�bia pra refor�ar o bloqueio das armas, � "evitar um banho de sangue".
"N�o se pode fazer uma guerra: a a��o militar da comunidade internacional n�o deve, em minha opini�o, n�o quer e n�o pode ser feita", defendeu o chanceler italiano.
O ministro das Rela��es Exteriores tamb�m ressaltou que a It�lia sempre foi prudente em apoiar a retirada de Kadafi do poder, mesmo quando ningu�m defendia essa hip�tese, e que, tamb�m de forma "prudente", "fechou as torneiras de petr�leo".
No fim de fevereiro, e petrol�fera italiana ENI e o governo de Roma anunciaram a interrup��o do funcionamento do �nico gasoduto que ligava a It�lia � L�bia e que fornecia 10% do g�s natural consumido no pa�s europeu, mas garantiram que o abastecimento do pa�s n�o seria afetado