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Estado de Minas

Crian�as em escola japonesa aguardam em sil�ncio retorno incerto dos pais


postado em 18/03/2011 12:51



Ishinomaki, na Prov�ncia de Miyagi, nordeste do Jap�o, praticamente n�o existe mais. A cidade portu�ria, em que viviam cerca de 160 mil pessoas, foi varrida pelo tsunami da semana passada, e cerca de 10 mil moradores ainda continuam desaparecidos. At� agora, perto de 2 mil foram confirmados mortos.

Muitos sobreviventes est�o alojados na Escola Prim�ria Kama e � l� que est�o 30 crian�as japonesas, entre 8 e 12 anos, que esperam pacientemente, e em sil�ncio, os pais irem busc�-las, segundo mostrou uma reportagem da TV japonesa.

At� agora ningu�m deu sinal de vida, e poucos na escola acreditam que esses pais aparecer�o. Os professores dizem que algumas destas crian�as sabem que seus pais est�o entre os desaparecidos e que talvez nunca atravessem o port�o da escola.

Mas ningu�m diz nada. N�o riem. Nem choram. Passam o dia lendo livros ou brincando com cartas, isolados no terceiro andar da escola.

O sil�ncio deles, segundo as pessoas que acompanham a hist�ria, � de cortar o cora��o e contrasta com o barulho que vem de fora, das outras crian�as que gritam, correm e se divertem ao redor do ref�gio.

Parentes e professores n�o deixam ningu�m chegar perto. Temem que at� o ru�do da porta se abrindo possa dar falsas esperan�as para estes estudantes.

Em busca da fam�lia

Outra hist�ria de separa��o que emocionou os japoneses foi do menino Toshihiko Aisawa, de 9 anos, tamb�m de Ishinomaki. Ele foi tema de reportagem na TV japonesa e tamb�m nos jornais locais.

Toshi, como era chamado pela fam�lia, percorre todos os abrigos da regi�o, incans�vel. Uma placa escrita � m�o traz os nomes dos pais, da av� e dos primos, que foram levados pelo tsunami. “Meu pai veio buscar meus primos e eu na escola logo ap�s o terremoto para que fug�ssemos todos juntos”, contou o garoto ao jornal Asahi.

Dentro do carro, eles viram a onda chegar r�pido. “Para a esquerda! Para a esquerda!”, grit�vamos. “Mas chegamos num estacionamento sem sa�da e fomos levados pela onda.”

Toshi conta que conseguiu quebrar o vidro e sair do carro. Segurou o primo mais novo. “Mas a �gua era muito forte e tinha muita madeira. Acabei soltando a m�o dele”, disse.

Ele contou ao jornal que ainda ouviu a voz da av� pedindo por socorro. “Mas aos poucos ela foi sumindo e n�o consegui ouvir mais nada.”

O garoto desmaiou e um homem que se refugiou numa �rvore conseguiu salv�-lo. Desde ent�o, Toshi percorre os mesmos abrigos, todos os dias, com a placa na m�o. Ele tem esperan�as de poder rever algu�m da fam�lia.

Minuto de sil�ncio

�s 14 horas e 46 minutos de hoje, o Jap�o parou. A popula��o fez um minuto de sil�ncio em mem�ria das v�timas do terremoto e do tsunami que devastaram a costa nordeste do pa�s h� exatamente uma semana.

O clima ainda � de muita tristeza, e as equipes que trabalham na busca por corpos come�am a suspender, aos poucos, o trabalho e v�o se concentrar agora na reconstru��o das cidades.

De acordo com a ag�ncia de not�cias Kyodo News, as equipes de resgate j� encontraram 26 mil sobreviventes nas regi�es mais afetadas pelo desastre.

Segundo as autoridades japonesas, perto de meio milh�o de pessoas est�o em ref�gios. O frio piora a situa��o, e m�dicos temem o aparecimento de doen�as.

Nas cidades pr�ximas a T�quio, os blecautes programados continuam com o objetivo de racionar energia el�trica.


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