
Khaled Al Sayeh, membro do conselho militar da insurrei��o em Benghazi, afirmou nesta sexta-feira que os rebeldes l�bios est�o coordenando com os pa�ses ocidentais os alvos que dever�o ser atacados nas incurs�es a�reas contra as for�as de Muammar Gaddafi. "H� uma coordena��o com os diferentes organismos internacionais sobre as a��es a serem realizadas e alguns locais j� foram designados", declarou.
A L�bia decidiu hoje encerrar todas as opera��es militares depois da resolu��o aprovada pelo Conselho de Seguran�a da ONU, autorizando ataques a�reos contra o regime. O an�ncio, no entanto, foi considerado um "blefe" pelos opositores de Gaddafi, j� que as for�as leais ao dirigente l�bio continuam atacando.
Outro comandante dos rebeldes l�bios, Khalifa Heftir, declarou que o cessar-fogo anunciado pelo regime "n�o era importante" para a oposi��o. "Gaddafi est� blefando. Gaddafi nunca diz a verdade. O mundo inteiro sabe que Muammar Gaddafi � um mentiroso. Ele, seus filhos e sua fam�lia, e todos aqueles que est�o com ele s�o mentirosos", disse.
Uma c�pula prevista para este s�bado permitir analisar a declara��o de cessar-fogo de Tr�poli, mas a Uni�o Europeia (UE) j� est� examinando os detalhes do an�ncio de tr�gua do regime l�bio, disse a chefe da diplomacia do bloco, Catherine Ashton.
"Estamos examinando os detalhes para saber qual � o significado do cessar-fogo e de que forma pode influenciar na situa��o geral", afirmou, lembrando que a comunidade internacional exige a sa�da do coronel l�bio Muamar Gaddafi e o fim de seu regime.
Civis
A ONU expressou nesta sexta-feira sua preocupa��o pela possibilidade de que o regime de Gaddafi exer�a repres�lias contra os civis, num momento em que comunidade internacional discute as modalidades de uma interven��o militar na L�bia.
"Estamos muito preocupados com as repres�lias contra os partid�rios da oposi��o, que poder�o ser cometidas pelas for�as pr�-govenamentais e agentes da seguran�a na L�bia", declarou Rupert Colville, porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos.
"Ningu�m sabe o que acontece nas cidades que estavam antes em m�os da oposi��o e que foram reconquistadas pelas for�as do governo", acrescentou em coletiva de imprensa.
Colville indicou que o Alto Comissariado "est� muito preocupado com o fato de que o governo (de Gaddafi) possa exercer um castigo coletivo", enfatizando que "n�o h� ilus�es sobre o que este regime � capaz de fazer".
Autoridades da ONU afirmaram nesta sexta-feira que 300 mil pessoas j� fugiram da L�bia. A popula��o teme que as repres�lias piorem com a ame�a das pot�ncias mundiais de atacar o pa�s. Segundo a porta-voz da ag�ncia de refugiados da ONU, Melissa Fleming, os n�meros permanecem est�veis, com cerca de 1.500 a 2.500 pessoas por dia atravessando as fronteiras de L�bia, mas a situa��o pode piorar.
A ONU indicou ainda que n�o conseguiu um acordo com a L�bia sobre as condi��es de envio de uma miss�o humanit�ria. O coordenador humanit�rio das Na��es Unidas para a crise l�bia, Rashid Jalikov, viajou ao pa�s conversar em particular sobre as modalidades de envio de tal miss�o.
Durante sua visita, Jalikov notou que uma parte do governo "falou de sua vontade de permitir um acesso �s ag�ncias humanit�rias", indicou � AFP a porta-voz do Departamento de Coordena��o dos Assuntos Humanit�rios da ONU (OCHA) Elisabeth Byrs. "No entanto, nenhum acordo final foi conclu�do quanto � maneira como um organismo interag�ncias de avalia��o de necessiades poderia atuar", concluiu.
