Os eg�pcios compareceram em massa neste s�bado para votar no referendo para a revis�o da Constitui��o, no primeiro pleito popular sobre os projetos de transi��o elaborados sob a �gide do ex�rcito depois da queda em fevereiro do presidente Hosni Mubarak.
Em torno de 45 milh�es de eleitores est�o sendo chamados a se pronunciar nas urnas at� as 19h00 locais (14h00 de Bras�lia). Os resultados ser�o divulgados no domingo, segundo a comiss�o eleitoral.
No Cairo, foram formadas filas de espera de v�rias dezenas de pessoas quando os centros de vota��o foram abertos, enquanto a r�dio divulgava mensagens chamando a popula��o a participar da consulta porque "seu voto conta".
Isso contrastava com a absten��o em massa que caracterizava as elei��es na �poca de Mubarak, acusado frequentemente de fraudes.
O chefe da Liga �rabe, Amr Musa, de nacionalidade eg�pcia, e com ambi��es presidenciais, comemorou a alta participa��o.
"Pouco importa que as pessoas votem sim ou n�o. O importante � que as pessoas votem. Precisamos de um novo Egito", declarou Musa, um advers�rio da reforma proposta.
"� um dia de alegria. Antes, t�nhamos resultados j� preparados com antecipa��o, agora ningu�m pode prever um resultado", declarou, por sua vez, o guia da Irmandade Mu�ulmana, Mohammad Badie, depois de votar.
Ele completou que seu movimento, que � favor�vel � reforma, aceitaria o veredicto as urnas, seja ele qual for.
Os partid�rios da revis�o s�o favor�veis a uma r�pida transi��o com mudan�as limitadas da Constitui��o, enquanto que o campo adverso defende uma nova lei fundamental, apesar de isso levar mais tempo.
"Tenho 67 anos e � a primeira vez que voto. Precisamos de uma nova Constitui��o, e precisamos dar tempo para que os jovens que fizeram a revolu��o possam formar partidos", afirmou Mohamed Mahmoud, um aposentado que se op�e � reforma.
O poderoso movimento da Irmandade Mu�ulmana pegou cartazes a favor da reforma, considerada indispens�vel para estabilizar o pa�s.
"Queremos a estabilidade. N�o temos tempo de nos lan�ar na elabora��o de uma nova Constitui��o", afirma Hamdi Mohamed Badri, um professor de 46 anos partid�rio das emendas propostas.
As principais reformas afetam os mandatos presidenciais, que podem ser limitados de seis para quatro anos. Tamb�m foram flexibilizadas as condi��es das candidaturas.
As emendas foram elaboradas por uma comiss�o de juristas designada pelo ex�rcito, a cargo da dire��o do pa�s desde a sa�da de Mubarak ap�s uma revolta popular. As for�as armadas comprometeram-se a estabelecer um regime civil, eleito democraticamente.
No caso de a reforma ser rejeitada, os militares divulgaram que realizar�o uma "declara��o constitucional limitada" para organizar a continua��o da prometida transi��o � democracia, sem dar mais detalhes.