O presidente americano, Barack Obama, disse nesta segunda-feira que retirar o l�der l�bio Muamar Kadafi do poder continua a ser parte importante da pol�tica externa americana, mas que o objetivo principal da ofensiva militar no pa�s africano � proteger os civis l�bios, n�o afastar Kadafi.
As afirma��es foram feitas durante uma coletiva na capital chilena, Santiago, para onde Obama e sua fam�lia partiram ap�s dois dias de visita ao Brasil.
“J� deixei claro que Kadafi precisa deixar o poder. Mas nossa a��o militar apoia a decis�o do Conselho de Seguran�a que tem como foco a amea�a humana que Kadafi est� impondo a seu povo. Ele n�o apenas est� assassinando os civis, mas tamb�m amea�ando fazer muito mais.”
Representantes dos pa�ses que integram a coaliz�o militar na L�bia j� haviam afirmado que Khadafi n�o era, pessoalmente, o alvo dos ataques.
Comando da opera��o
Obama disse ainda que “em quest�o de dias, n�o de semanas” os Estados Unidos pretendem transferir o comando das opera��es militares na L�bia para outros pa�ses da coaliz�o.
“Obviamente, a situa��o est� evoluindo e essa transfer�ncia ser� determinada pela recomenda��o de nossos comandantes sobre quando essa primeira fase for conclu�da.”
O presidente americano tamb�m ressaltou que os Estados Unidos n�o atuaram de forma aut�noma ou isolada como ocorreu no passado.
“Atuamos em conjunto com outros pa�ses, de acordo com o Conselho de Seguran�a”, disse Obama, acrescentando que ele n�o queria que essa decis�o fosse um peso para a sociedade americana.
Passado do Chile
Durante a entrevista, ele tamb�m garantiu que os Estados Unidos est�o dispostos a cooperar com informa��es sobre a suposta participa��o do governo americano no golpe de 1973 no Chile, no qual o general Augusto Pinochet chegou ao poder, e sobre o homic�dio do ex-presidente Salvador Allende.
“Acho importante que todos saibamos nossa hist�ria. E a hist�ria entre os Estados Unidos e a Am�rica Latina foi por vezes extremamente dif�cil, mas n�o podemos ficar presos ao passado. Porque temos muito a desenvolver juntos com o Chile e toda a Am�rica Latina.”
Um grupo de deputados chilenos e de parentes de v�timas da ditadura pediu ao governo americano que fizesse um “mea culpa” por seu papel durante o per�odo.