postado em 24/03/2011 17:46 / atualizado em 24/03/2011 19:17
(foto: REUTERS/Carlos Barria )
O terremoto, o tsunami e o acidente nuclear de 11 de mar�o, no Jap�o, podem custar US$ 200 bilh�es, ou R$ 330 bilh�es, � terceira economia mundial. Isto representa a maior fatura da hist�ria para uma cat�strofe natural, segundo c�lculos do banco Goldman Sachs, em nota publicada nesta quinta-feira.
O PIB do Jap�o � de US$ 5 trilh�es.
"Acreditamos que o custo total dos danos provocados pelos acontecimentos de mar�o pode alcan�ar 16 trilh�es de ienes", afirma um comunicado dos economistas do Goldman Sachs.
A conta seria superior � do terremoto de Kobe em 1995 (9,6 trilh�es de ienes), considerado at� hoje pelo Goldman Sachs como o "desastre natural" mais devastador, em termos econ�micos.
Mas o c�lculo, no entanto, fica abaixo das estimativas feitas pelo governo japon�s, que acredita em uma conta superior a US$ 200 bilh�es, sem contar o impacto sobre a atividade das empresas e as consequ�ncias do acidente nuclear de Fukushima. Isso representaria 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB, o conjunto de bens e servi�os produzidos no arquip�lago), uma estat�stica que bate com as estimativas do Banco Mundial.
Assim como os c�lculos oficiais, a conta do Goldman Sachs leva em considera��o os desgastes na infraestrutura, a destrui��o de casas e empresas na regi�o mais atingida - nordeste - e um aumento "significativo" esperado nos gastos p�blicos nos pr�ximos anos.
Segundo os economistas do banco, um agravamento do acidente nuclear de Fukushima, ainda em curso, a 250 km a nordeste da capital, poderia fazer o montante subir ainda mais, de forma significativa.
O acidente n�o apenas fragiliza a confian�a dos consumidores japoneses mas desperta, tamb�m, a desconfian�a em rela��o a produtos importados do arquip�lago.
O setor agr�cola j� sofreu as consequ�ncias: a venda dos alimentos produzidos na regi�o est�o proibidas, por causa do �ndice de radioatividade anormalmente elevado.
Assim, embora o banco americano mantenha a previs�o de crescimento anual do Jap�o em 1,2% para 2011, considera, no entanto, que o PIB vai se contrair no segundo trimestre, seguido por um novo per�odo de crescimento de 2% no terceiro trimestre.
Quanto �s empresas, o sismo de 11 de mar�o vai acarretar uma redu��o de 12% de seus lucros no ano fiscal de 2012. S�o mais afetadas as vendas das empresas dos setores tecnol�gico (telefonia m�vel, c�meras e semicondutores), autom�vel e petroqu�mica, segundo o Goldman Sachs.
O terremoto, o tsunami e o acidente nuclear obrigaram as empresas japonesas a reduzir e at� a interromper suas atividades, num amplo leque de setores, entre eles o automotivo.