O primeiro-ministro do Jap�o, Naoto Kan, anunciou nesta quinta-feira que a �rea de evacua��o num raio de 20 quil�metros da usina nuclear de Fukushima agora � uma zona de entrada proibida. A medida tem for�a de lei e come�ou a valer a partir da meia-noite (hora local) desta quinta-feira. A proibi��o foi anunciada durante uma visita do premi� � prov�ncia de Fukushima.
Segundo a pol�cia japonesa, cerca de 60 fam�lias continuam vivendo na �rea de evacua��o. A medida foi tomada porque as autoridades querem ter um controle maior da entrada de pessoas na regi�o e tamb�m evitar saques. Assim, quem n�o cumprir a medida poder� responder a processo.
Quem quiser voltar para buscar pertences ter� agora de ter uma autoriza��o especial para entrar rapidamente na zona de controle.
Crise nuclear
Os moradores pr�ximos da usina foram instru�dos a deixar suas casas ap�s o terremoto seguido de tsunami no dia 11 de mar�o. Os dois desastres naturais causaram uma s�rie de problemas na usina nuclear, que perdeu o sistema de resfriamento dos reatores e materiais radioativos vazaram para o meio ambiente.
Cerca de 80 mil moradores foram evacuados e atualmente est�o abrigados em gin�sios e instala��es p�blicas. A espera para poder voltar �s suas casas dever� ser longa, j� que a Tokyo Electric Power (Tepco), empresa que opera a usina, calcula que ser�o ainda necess�rios cerca de tr�s meses para reduzir a radioatividade e entre seis a nove meses para dar ter o controle total dos reatores.
Atualmente, os t�cnicos na usina est�o se preparando para retirar �gua com alto n�vel de contamina��o do subsolo das instala��es e assim come�ar o trabalho de repara��o dos sistemas de resfriamento dos reatores.
�gua do mar
A Tepco disse hoje que as subst�ncias radioativas liberadas no mar durante mais de seis dias s�o estimadas em 5 mil terabecquerels, ou seja, 20 mil vezes mais do que o limite anual permitido.
Segundo a ag�ncia Kyodo, esse material radioativo vazou com cerca de 520 toneladas de �gua do reator n�mero 2. Os vazamentos foram descobertos no dia 2 de abril e s� foram contidos no dia 6.
O total � bem abaixo dos 370 mil a 600 mil terabecquerels que, estima-se, foram liberados na atmosfera pela usina. Mas � 30 mil vezes mais do que a quantidade de subst�ncias que a Tepco despejou no mar para assegurar espa�o no reservat�rio para colocar a �gua altamente contaminada.