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Estado de Minas

Na China, peti��o vira �ltima esperan�a


postado em 24/04/2011 08:39

Todos os dias, a partir das 7h40, centenas de pessoas fazem fila para apresentar peti��es ao Departamento de Cartas e Visitas de Pequim, na esperan�a de que o governo chin�s intervenha para sanar as injusti�as de que se julgam v�timas em suas cidades e vilas de origem. Suas hist�rias s�o quase sempre tr�gicas e envolvem abuso de poder, viol�ncia, tortura, perdas de casas, terras, sal�rios, sa�de ou liberdade.

Muitos viajam milhares de quil�metros at� a capital, onde se instalam � espera de uma decis�o, que quase nunca � proferida. Alguns aguardam h� mais de uma d�cada e, a cada tr�s meses, reapresentam seus pedidos no mesmo escrit�rio, que fica no Port�o da Eterna Estabilidade, cinco quil�metros ao sul da Cidade Proibida.

O principal alvo dos peticion�rios s�o autoridades e institui��es locais consideradas corruptas e arbitr�rias. A maioria acredita que os respons�veis pelas injusti�as ser�o punidos se os l�deres do Partido Comunista forem informados do que se passa no interior do pa�s. E o �nico canal para a comunica��o com os atuais imperadores � o Departamento de Cartas e Visitas.

Apesar da evidente inefici�ncia do sistema, os peticion�rios insistem porque acreditam que a interven��o de Pequim � o �ltimo recurso contra os desmandos locais. Estudo realizado em 2007 pela Academia Chinesa de Ci�ncias Sociais, principal instituto de pesquisas do governo, estimou que apenas dois em cada mil casos s�o solucionados. Em todo o pa�s, cerca de 12 milh�es de peti��es s�o apresentadas a cada ano, incluindo os departamentos sediados nas capitais provinciais.

A maioria dos casos envolve a expuls�o de pessoas de suas casas ou terras sem indeniza��o, o n�o pagamento de sal�rios, polui��o de �reas rurais e a contesta��o de decis�es judiciais.


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