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Estado de Minas

Entenda o acordo de reconcilia��o entre Fatah e Hamas


postado em 04/05/2011 09:40



Nesta quarta-feira os lideres das fac��es palestinas rivais Fatah e Hamas assinaram no Cairo um acordo de reconcilia��o depois de quase quatro anos de cis�o, em que a popula��o dos territ�rios ocupados viveu sob dois governos.

Desde 2007, o Fatah do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, governa a Cisjord�nia, e o Hamas, liderado pelo primeiro-ministro Ismail Haniyah, controla a Faixa de Gaza.

O acordo abre caminho para um governo interino que trabalhe de forma conjunta e ponha fim �s divis�es, antes das elei��es gerais de 2012.

As recentes revoltas em pa�ses �rabes acabaram influenciando a reconcilia��o das fac��es, segundo analistas. Um dos fatores mais importantes foi a revolu��o no Egito que derrubou o presidente Hosni Mubarak - seu governo temia a influ�ncia do Hamas na regi�o, mas o novo governo eg�pcio adotou uma postura menos hostil em rela��o ao grupo isl�mico. Ap�s o an�ncio da reconcilia��o entre Fatah e Hamas, o Egito pediu que os EUA reconhe�am um Estado palestino, por exemplo.

De acordo com analistas, esse � o primeiro sinal de como as mudan�as pol�ticas no mundo �rabe podem ter afetado a din�mica do conflito entre Israel e palestinos.

Em que consiste o acordo entre Fatah e Hamas?

O acordo estabelece a cria��o de um governo de tecnocratas - em vez de pol�ticos de afilia��es ou ideologias que possam ser vistas como radicais ou inflex�veis. O nogo governo ter� duas tarefas principais: preparar elei��es parlamentares e presidenciais para daqui a um ano, e reconstruir a Faixa de Gaza. Grande parte da infraestrutura da regi�o foi destru�da durante a ofensiva israelense em dezembro de 2008 e janeiro de 2009.

O acordo n�o toca nos principais pontos de diverg�ncia entre as fac��es, como a natureza do acordo de paz com Israel e quest�es religiosas.

Houve v�rias tentativas de reconcilia��o entre as fac��es palestinas que fracassaram. Por que justamente agora elas chegaram a um acordo?

Durante estes quatro anos houve v�rias iniciativas para tentar reaproximar as duas fac��es, algumas delas promovidas por importantes pa�ses �rabes, como o Egito e a Ar�bia Saudita. Prisioneiros palestinos em pris�es israelenses - que representam v�rias fac��es - tamb�m teriam tentado alcan�ar acordos para aproximar Fatah e Hamas.

Os fatores determinantes para a mudan�a de atitude, entretanto, foi a chamada Primavera �rabe, como s�o chamados os movimentos pr�-democracia que varrem v�rios pa�ses do Oriente M�dio.

O Fatah perdeu um importante ponto de apoio com a queda de Hosni Mubarak. O Hamas, por sua vez, teme que as revoltas em andamento na S�ria culminem com a queda do presidente da S�ria, Bashar al-Assad, um de seus principais aliados na regi�o.

Al�m disso, o presidente Mahmoud Abbas, do Fatah, anunciou que ir� pedir o reconhecimento do Estado Palestino pela ONU em setembro, e j� obteve apoio de mais de 140 dos 192 pa�ses-membros das Na��es Unidas. De acordo com analistas locais, o Hamas chegou � conclus�o de que "n�o pode perder o trem" e ficar exclu�do da iniciativa.

Tamb�m na esteira dos movimentos pr�-democracia na regi�o, milhares de jovens palestinos v�m se organizando por m�dias sociais como o Facebook, iniciando um movimento que pede a reconcilia��o das fac��es.

Como Israel reagiu ao an�ncio da reconcilia��o?
Uma hora depois do an�ncio, o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, declarou que o Fatah "ter� que escolher entre a paz com Israel ou com o Hamas".

O Gabinete israelense j� afirmou que n�o ir� negociar com um governo palestino que inclua o Hamas, pois o considera "um grupo terrorista que quer destruir Israel".

Como a Autoridade Palestina reagiu ao ultimato?

O presidente Mahmoud Abbas rejeitou o ultimato e afirmou que o governo de uni�o palestino � um "assunto interno palestino".

Abbas disse que todos os assuntos relacionados ao processo de paz com Israel continuar�o sob controle da Organiza��o para a Liberta��o da Palestina (OLP), chefiada por ele, e que o novo governo de uni�o, que incluir� o Hamas, n�o lidar� com esses assuntos.

O presidente palestino reiterou o compromisso da OLP com os acordos firmados com Israel, e disse que vai prosseguir com os esfor�os para alcan�ar um acordo de paz baseado no princ�pio de dois Estados.


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