
Ainda irritados com a a��o dos EUA que matou Osama bin Laden, legisladores paquistaneses exigiram o fim dos ataques americanos com m�sseis contra militantes islamitas em seu solo, e alertaram que o Paquist�o pode cortar as rotas de fornecimento de suprimentos da Organiza��o do Tratado do Atl�ntico Norte (Otan) ao Afeganist�o se os ataques n�o pararem. Os EUA e a Otan contam fortemente com rotas por terra no Paquist�o para transportar material n�o letal a suas tropas na fronteira do Afeganist�o. Isso d� ao Paquist�o alguma vantagem em suas negocia��es com os EUA.
No outono passado, depois que funcion�rios da Otan mataram dois soldados paquistaneses durante uma incurs�o na fronteira, o Paquist�o fechou a rota aos caminh�es de suprimentos da Otan e dos EUA por quase duas semanas.
A resolu��o parlamentar reflete o estado prec�rio da alian�a entre os EUA e o Paquist�o, que � vital para o esfor�o de guerra no vizinho Afeganist�o. O caso Bin Laden levou � tona o antigo dilema de que os ataques dos EUA s�o considerados pelos paquistaneses como uma viola��o da soberania e que deixam muitas v�timas civis, exacerbando um j� alto sentimento anti-EUA.
A medida paquistanesa foi aprovada ap�s uma rara reuni�o privada no Parlamento entre l�deres militares paquistaneses, que foram humilhados pela a��o em 2 de maio dos EUA que matou Bin Laden em sua casa na cidade de Abbottabad. Os paquistaneses ficaram irritados com o fato de o Ex�rcito ter permitido que isso acontecesse, enquanto os EUA afirmaram que a proximidade com uma academia militar e a capital, Islamabad, levantou suspeitas de que alguns elementos de seguran�a teriam acolhido Bin Laden.
Os EUA tamb�m n�o t�m conseguido fazer com que Islamabad persiga grupos militantes, como a rede Haqqani, que usa o pa�s como esconderijo mas realiza ataques apenas dentro do Afeganist�o. Analistas dizem que o Paquist�o pode estar mantendo la�os com alguns insurgentes porque quer influ�ncia no Afeganist�o uma vez que os EUA se retirarem. Autoridades paquistanesas negam ter liga��es com grupos militantes.