O ministro das Rela��es Exteriores, Antonio Patriota, reiterou nesta quarta-feira o direito � liberdade de express�o e manifesta��o no mundo. A afirma��o foi uma refer�ncia direta aos protestos nos pa�ses do norte da �frica, como a L�bia, a Tun�sia e o Egito. Patriota afirmou que o Brasil se coloca � disposi��o para cooperar com os l�deres pol�ticos dessa regi�o na consolida��o do sistema democr�tico.
“O Brasil defende o direito de manifesta��o pac�fica”, disse o chanceler durante a celebra��o do Dia da �frica, no Itamaraty, na presen�a de embaixadores brasileiros e estrangeiros. “O Brasil tem interesse em cooperar com os pa�ses do Norte da �frica da maneira mais adequada para cada pa�s.”

Na Tun�sia e no Egito, as manifesta��es populares provocaram as ren�ncias dos ent�o presidentes tunisiano BenAli e eg�pcio Hosni Mubarak. Ambos foram acusados de corrup��o, viola��o de direitos humanos e repress�o �s liberdades.
Ao discursar para os representantes africanos no Brasil, Patriota ratificou os la�os que unem o Brasil � �frica. “O Brasil quer continuar sendo percebido como um amigo dos pa�ses africanos”, disse. Segundo ele, o governo brasileiro mant�m 37 embaixadas em pa�ses africanos e h� 17 representa��es africanas em Bras�lia. “O governo Dilma [Rousseff] quer ter uma coopera��o inovadora e criativa com os pa�ses africanos.”
Tradicionalmente, o Brasil mant�m parcerias com os africanos nas �reas de desenvolvimento de projetos agr�colas, de telecomunica��es, banc�ria, al�m de sa�de e educa��o. Patriota afirmou tamb�m que a prioridade ser� intensificar as parcerias para o combate e tratamento da aids e da anemia falciforme.
Atualmente, o com�rcio do Brasil com os pa�ses africanos movimenta cerca de US$ 25,9 bilh�es (R$ 42 bilh�es), de acordo com dados de 2008. Em geral, as empresas brasileiras investem principalmente nos setores de minera��o e constru��o civil. “Anteriormente os africanos vinham para o Brasil para trabalhar como escravos e hoje assistimos a um movimento oposto: os brasileiros t�m ido trabalhar em pa�ses africanos como parceiros”, disse o embaixador do Zimb�bue no Brasil, Thomas Bvuma.