Pol�cia invade sede de empresa de TV a cabo do grupo Clar�n na Argentina

Cinquenta policiais militares entraram nesta ter�a-feira na sede, em Buenos Aires, da operadora de TV Cablevisi�n, do grupo Clar�n, o maior do setor de multim�dia argentino, para apurar uma den�ncia de concorr�ncia desleal apresentada por Vila-Manzano, titular do Supercanal, tamb�m de televis�o a cabo.

A decis�o foi tomada pelo magistrado Walter Bento, da prov�ncia de Mendoza (oeste), que designou um interventor para atuar na operadora, Enrique Anzoise, informou � justi�a seu advogado, Ricardo Mastronardi. Anzoise chegou a ser agredido por empregados quando deixou o pr�dio da Cablevisi�n num bairro do sul da capital argentina, um incidente logo controlado pela pol�cia, segundo imagens dos notici�rios. Mastronardi explicou que o interventor "ter� um prazo de 60 dias para analisar toda a documenta��o" e elaborar um relat�rio para o juiz de Mendoza, depois da den�ncia do grupo de multim�dia Vila-Manzano. A opera��o � "considerada sem precedentes, inscrevendo-se dentro de uma campanha sistem�tica de persegui��o que o Governo Nacional realiza contra as empresas do Grupo Clar�n", afirmou o Cablevisi�n em comunicado. O fato aconteceu num momento em que o Senado se prepara para votar uma lei pol�mica que declara de interesse p�blico o papel de jornal, que tem como �nico fabricante a Papel Prensa, controlada pelo Clar�n (49% das a��es) e La Naci�n (22,49%), os dois maiores da Argentina, enquanto o Estado possui uma participa��o de 28,08%. O Grupo Clar�n administra 60% do mercado da televis�o a cabo em toda a Argentina e 90% na �rea da capital e periferia, que possui 14 milh�es de habitantes, segundo o canal de not�cias Am�rica 24.