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Estado de Minas

Na Coreia do Norte, propaganda a servi�o da dinastia Kim


postado em 27/12/2011 14:26

A internet � proibida, n�o existe imprensa livre e escutar uma r�dio estrangeira pode levar � pris�o: na era digital, o regime norte-coreano controla os meios de comunica��o com m�os de ferro para impor sua propaganda.

Ap�s o an�ncio da morte de seu dirigente na segunda-feira 19 de dezembro, a Coreia do Norte intensificou o culto da personalidade dedicada � Kim Jong-Il e seu filho e sucessor, Kim Jong-Un. A ag�ncia de not�cias oficial do regime vendeu o altru�smo do novo n�mero um, que enviou bebida quente aos cidad�os que vieram homenagear seu pai morto, apesar do frio de inverno. "Seu cora��o � t�o bom. O afeto demonstrado por Kim Jong-un para com seu povo entristecido vai entrar para a hist�ria", ressaltou a ag�ncia KCNA. O jovem Kim, terceiro representante da dinastia comunista fundada por seu av� Kim Il-Sung, ainda n�o igualou oficialmente as performances de seu pai - que, segundo os meios de comunica��o norte-coreanos, fez uma partida de golfe miraculosa, acertando 11 tacadas diretamente no buraco. Desde o fim do reinado de 17 anos de Kim Jong-Il, marcado pela repress�o feroz contra toda oposi��o, a televis�o estatal mostra multid�es de civis e militares emocionados diante do caix�o do ex-l�der ou de seus retratos gigantes expostos em pra�as p�blicas. Os norte-coreanos, desde muito novos, aprendem a cantar louvores a Kim Jong-Il, cuja lenda de seu nascimento no Monte Paektu � sagrada para os coreanos, embora historiadores atestem que ele nasceu na Sib�ria, para onde Kim Il-Sung fugiu das tropas dos colonizadores japoneses. A morte de Kim Jong-Il tem sido ridicularizada por blogueiros de todo o mundo, mas poucos norte-coreanos viram as piadas, j� que as redes sociais, usadas com sucesso durante as revoltas �rabes, s�o quase inexistentes no pa�s. Eles disp�em de um sistema de intranet chamado Kwangmyong, mas que � fortemente controlado por autoridades e permanece focado no notici�rio nacional. "A Cor�ia do Norte funciona como na d�cada de 1950 e 1960", explicou Andrei Lankov, professor da Universidade Kookmin, em Seul. "N�o podem ter um n�mero grande de computadores no local, n�o est�o conectados � Internet, que � proibida. Os r�dios fornecidos pelas autoridades t�m uma freq��ncia fixa, que permite escutar apenas programas oficiais". Al�m da informa��o, os movimentos dos homens s�o estritamente limitados, reduzindo as possibilidades de com�rcio: a maioria dos norte-coreanos n�o podem sair de seu pa�s e apenas um punhado de estrangeiros � autorizado a permanecer no pa�s, mas apenas em na capital, Pyongyang. No entanto, algumas esta��es de r�dio s�o captados de maneira ilegal e alguns produtos, como fitas cassetes, chegam do sul. Mas Pyongyang provou mais uma vez sua capacidade de reter informa��es, mantendo o sigilo da morte de Kim Jong-Il por dois dias antes de ser anunciada por um apresentador em l�grimas na televis�o estatal. � dif�cil avaliar o qu�o � sincera a tristeza demonstrada pelas multid�es nas imagens oficiais, o regime impulsiona as pessoas para visitarem os lugares de homenagem de serem demonstrativos. Contudo, os norte-coreanos que fugiram para o Sul argumentam que anos de doutrina��o podem explicar em parte a tristeza por Kim Jong-Il, no poder durante a terr�vel fome dos anos 1990 que matou centenas de milhares. "A lavagem cerebral no Norte � t�o eficaz que comecei a chorar quando soube da morte de Kim Jong-Il. Isso porque eu deixei o pa�s h� anos e odeio esse personagem", admite Lee Hae Young, diretor da Associa��o dos Desertores Norte-coreanos, com sede em Seul.


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