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Estado de Minas

Coca�na da Bol�via, um problema grave para o Brasil

Entre janeiro de 2010 e agosto de 2011, a pol�cia brasileira apreendeu quase 43 toneladas de coca�na, entre pasta, cloridrato e crack


postado em 30/12/2011 18:14

A coca�na que vem da Bol�via representa um grave problema para o Brasil, que se tornou, al�m de grande consumidor, um pa�s de tr�nsito - uma quest�o que causa muitas preocupa��es, ao se aproximar a Copa do Mundo de Futebol de 2014 e os Jogos Ol�mpicos de 2016.

"A Bol�via, produtor da pasta de coca�na, virou, tamb�m, um pa�s de tr�nsito da droga, vinda principalmente do Peru. Toda a �rea de Santa Cruz (leste do pa�s) tornou-se passagem obrigat�ria de traficantes que realizam suas atividades no Brasil", disse Felipe C�ceres, dirigente boliviano da luta contra as drogas. A coca�na "que chega ao Brasil vai para a �frica do Sul e, da�, aos mercados europeus", explicou. O representante do Escrit�rio das Na��es Unidas contra a Droga e o Crime (ONUDC), C�sar Guedes, disse � AFP que "a Bol�via representa, agora, um problema para o Brasil, n�o mais para os Estados Unidos, porque a droga boliviana j� est� nas portas brasileiras". Segundo Guedes, "o Brasil, um pa�s de quase 200 milh�es de habitantes, possui hoje em dia um milh�o de consumidores". E essa nova realidade obriga � regionaliza��o do combate ao narcotr�fico. Foi com esse esp�rito que a Bol�via assinou um acordo com o Brasil no primeiro semestre de 2011, que inclui o controle de planta��o e do tr�fico com avi�es n�o tripulados, embora esse programa ainda n�o tenha sido posto em pr�tica. A Bol�via e o Brasil compartilham uma extensa fronteira comum, de 3.100 quil�metros na regi�o amaz�nica. E o Brasil, de alguma forma, substituiu os Estados Unidos, que teve sua Ag�ncia Antidrogas (DEA) expulsa da Bol�via em 2008, acusada pelo governo de conspira��o contra a pol�tica local. Ainda assim, em novembro passado, os EUA se dispunham a participar de um acordo contra o tr�fico com os dois pa�ses, que acabou n�o se concretizando. Para o representante das Na��es Unidas, o fato de a Bol�via n�o ter rubricado esse acordo, argumentando imprecis�es da reda��o, determinou "a iniciativa brasileira de militarizar sua fronteira, (no final de novembro), uma decis�o unilateral, para se proteger de uma invas�o das drogas". Sob a tutela dos Estados Unidos, a Bol�via chegou a ter, entre 2000 e 2001, um m�ximo de 15.000 hectares de planta��o de coca, quando na d�cada de 80 chegava a 45.000 hectares. Actualmente, s�o cultivados no pa�s mais de 31.000 hectares, dos quais 12.000 s�o considerados legais (para a mastiga��o ou o uso medicinal). Presume-se que o restante � destinado ao tr�fico. Segundo Guedes, entre 60 e 80% da coca�na boliviana � destinada ao mercado brasileiro. O governo de La Paz nunca informou em quanto ascende a capacidade do pa�s de fabricar a droga, embora um relat�rio de 2010 da ONU fale em 115 toneladas anuais; o Departamento de Estado, em Washington, diz que s�o 190 toneladas. A Bol�via � o terceiro produtor mundial de coca�na, depois do Peru e da Col�mbia, segundo dados da ONU. No caso do Brasil, a coca�na que chega est� associada � viol�ncia e � criminalidade preocupantes, uma vez que ser� a sede da Copa de 2014 e das Olimp�adas, dois anos depois. Uma pesquisa recente do jornal brasileiro Valor assinala que o n�mero de consumidores aumentou sensivelmente no pa�s devido � bonan�a econ�mica dos �ltimos anos. "O Brasil passou em dez anos de pa�s de tr�nsito para o de consumo" de coca�na, segundo Murilo Vieira, diplomata da embaixada brasileira de La Paz. Com isso, o pa�s sofre "o efeito colateral" de ter tirado da pobreza 30 milh�es de pessoas. "A chamada nova classe m�dia passou a ter acesso � coca�na e a uma droga relativamente barata que � o crack" (res�duo da coca�na), assinalou Murilo Vieira, citado pelo jornal.


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