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Estado de Minas

Chefe da Capitania italiana � tratado como her�i pela imprensa


postado em 18/01/2012 16:43 / atualizado em 18/01/2012 17:14

 Gregorio Maria De Falco foi descrito como alguém que honra a nação italiana(foto: REUTERS/Stringer )
Gregorio Maria De Falco foi descrito como algu�m que honra a na��o italiana (foto: REUTERS/Stringer )
O chefe da Capitania dos Portos que lidou de forma autorit�ria com o comandante, cujo erro causou o naufr�gio do Costa Concordia, e exigiu que ele retornasse a bordo, recuperou a honra dos italianos, que v�em no navio semi-submerso na costa da Toscana um s�mbolo da situa��o do pa�s. Foi a conversa telef�nica mais ouvida em todo o mundo. Nela se escuta a voz melanc�lica do capit�o do navio, Francesco Schettino, resmungando que "� noite" e que n�o pode retornar ao seu cruzeiro em perigo. Do outro lado da linha, o comandante Gregorio de Falco, chefe da Capitania (Marinha) do porto de Livorno, em v�rias ocasi�es, lembrou qual era o dever do comandante e, enfurecido, gritou: "Volte a bordo!". "Dois homens, dois marinheiros provenientes da Camp�nia (regi�o sul, cuja maior cidade � N�poles), duas hist�rias, uma que nos humilha, e a outra que tenta nos redimir. Obrigado comandante De Falco, nosso pa�s precisa de pessoas como voc�", escreveu o jornal Il Corriere della Sera. Para o principal jornal do pa�s, estes dois homens encarnam "as duas almas da It�lia". De um lado, "um fanfarr�o, perfeito para entrar no (reality show) "Ilha dos Famosos", que tem ocupado o espa�o deixado vago pelo ex-chefe de Governo, Silvio Berlusconi", afirmou o tradicionalmente moderado jornal La Stampa. "Bronzeado, de cabelo penteado e com (�culos de sol da marca) Ray-Ban, que sabe as regras, mas est� habituado a n�o cumpri-las", definiu o jornal Il Fatto Quotidiano. Este jornal de esquerda, sem nomear, o compara claramente com Berlusconi, falando de um capit�o que minimiza o desastre, como o antecessor de Mario Monti que negou a crise econ�mica. Por outro lado, o chefe da Capitania, de cabelo despenteado e barba branca, o "bom que desempenha o papel essencial para restaurar a honra ferida da comunidade", segundo La Stampa. Na Internet, o duelo verbal entre o bem e o mal � um grande sucesso. "Gra�as a Deus na It�lia, para cada Schettino h� tamb�m um De Falco", repetiram os usu�rios das redes sociais. Um esperto j� imprimiu a famosa frase "Volte a bordo, porra! (Vada a bordo, cazzo!, originalmente) em camisetas vendidas por 12,90 euros cada (16,50 d�lares). Os insultos aumentam progressivamente contra o "capit�o covarde", apresentado como um pirata, parodiado como uma crian�a que chora "no barco todo molhado". De Falco, no entanto, � considerado um semideus. Ao her�i, n�o faltou tempo para destacar a coragem de centenas de socorristas, marinheiros e guardas mobilizados para socorrer os passageiros do Costa Concordia. "Eu n�o sou o her�i. N�o fiz mais do que o meu dever. Meu trabalho � ajudar, � por isso que eu gritei naquela noite...", disse aos jornalistas o comandante De Falco. Al�m das duas vers�es do homem italiano, a trag�dia do "Costa Concordia" reflete a imagem de um pa�s em crise. "S�mbolo de um pa�s na deriva", assegurou o La Stampa. "O melhor �cone do pa�s que somos", acrescentou o jornal Il Fatto, para quem os italianos "n�o s�o capazes de ser s�rios nas trag�dias e, at� mesmo as transformamos em farsa macabra".


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