Rajoy diz que desemprego crescer� na Espanha em 2012

O presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, disse nesta quarta-feira que o n�vel "cr�tico" do desemprego na Espanha piorar� em 2012 e usou isso como mais um argumento para defender a reforma do mercado de trabalho que ser� adotada na sexta-feira.

O desemprego afetava 22,85% da popula��o ativa no final de 2011, um recorde nos pa�ses industrializados, e o n�mero de pessoas em busca de trabalho supera os 5 milh�es. "Estamos diante de uma situa��o cr�tica, com uma taxa de desemprego de 22,9% e desgra�adamente estas cifras n�o ir�o melhorar no curto prazo. E digo mais, durante 2012 elas piorar�o", afirmou Rajoy ao apresentar ante os deputados um relat�rio sobre o Conselho Europeu de 30 de janeiro em Bruxelas. Segundo um estudo publicado nesta quarta-feira pelo BBVA Research, instituto de pesquisa do segundo maior grupo banc�rio espanhol, a economia espanhola voltar� a entrar em recess�o neste trimestre, com um retrocesso do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,2% no per�odo, ao mesmo tempo em que a queda prevista para todo 2012 se situa em 1,3%. "A informa��o dispon�vel permite adiantar que o crescimento ser� negativo no primeiro trimestre de 2012", diz a an�lise. A economia espanhola entrou no vermelho (-0.3%) durante o quarto trimestre de 2011 e por isso um segundo trimestre negativo a colocaria em recess�o, apenas dois anos depois de ter sa�do dela. Segundo o instituto, "a demanda externa (exporta��es) evita uma contra��o maior" e permite compensar em parte a queda do consumo em um pa�s que registra uma taxa de desemprego de 22,85%, a maior de todos os pa�ses industrializados. "Espera-se uma diminui��o de 1,3% do PIB em 2012 e uma recupera��o lenta em 2013, que pode ser acelerada se as reformas estruturais anunciadas foram suficientemente ambiciosas", disse o estudo, em refer�ncia �s medidas do novo governo conservador para reduzir o d�ficit p�blico, sanear o setor banc�rio e flexibilizar o mercado de trabalho. Para enfrentar esta situa��o, Rajoy defendeu a reforma do mercado de trabalho, que ser� adotada pelo Conselho de Ministros na sexta-feira e que prev� principalmente mais flexibilidade. "A inten��o deste governo � que a reforma seja ampla e profunda", disse o dirigente conservador, que em dezembro ocupou poder no lugar dos socialistas, ap�s impor-lhes uma ampla derrota eleitoral. A reforma do mercado de trabalho prev� "reorganizar" as pol�ticas de ajudas aos novos contratos para limitar o n�mero de contratos temporais e favorecer a forma��o profissional permanente, com a cria��o de uma "conta de forma��o", explicou na v�spera a ministra do Emprego, F�tima Ba�ez.