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Estado de Minas

Sobreviventes relatam drama ap�s fugir de pres�dio em chamas em Honduras


postado em 15/02/2012 19:26

Prostrado em uma maca, Victor Sevilla contou horrorizado como salvou a pr�pria vida na madrugada de quarta-feira, ao fugir pelo teto do gigantesco inc�ndio na penitenci�ria de Comayagua, onde cerca de 300 prisioneiros morreram, muitos agarrados �s barras de suas celas.

Apavorados com as chamas, os r�us - segundo depoimentos - tiveram ainda que escapar dos tiros para o alto que os guardas efetuaram aparentemente acreditando, em um primeiro momento, que se tratava de uma tentativa de fuga desta pris�o do centro de Honduras. "Foi muito triste, acordei com a gritaria dos colegas que j� estavam quebrando o teto de madeira e zinco. Sa�mos e pulamos. Tivemos que nos atirar de um muro, os outros estavam morrendo, em meio �s chamas", contou Sevilla � AFP no hospital de Comayagua, 90 km ao norte de Tegucigalpa. "Um preso que trabalha na enfermaria quebrou tr�s cadeados e conseguiu salvar um mont�o de gente", relatou Sevilla, de 23 anos, condenado a 12 por homic�dio, que escapou de sua cela e da morte com uma fratura no tornozelo. Foram levados para o hospital Santa Teresa cerca de 30 sobreviventes do terr�vel inc�ndio que consumiu quase a metade da fazenda penal, onde os detentos se dedicavam ao cultivo de hortali�as e � cria��o de animais. A trag�dia, que segundo as autoridades pode ter deixado pelo menos 300 mortos, come�ou �s 22h50 locais de ter�a-feira (02h50 de quarta, hor�rio de Bras�lia) com um inc�ndio, cujas causas ainda s�o investigadas pelas autoridades, controlado pelos bombeiros tr�s horas depois. Os presos que se salvaram relataram cenas dantescas de colegas que morreram carbonizados, agarrados �s barras de suas celas, sem conseguir quebrar os cadeados que os mantinham presos. "Morreram pegando fogo, foi um inferno", contou um dos sobreviventes, n�o identificado. Fabricio Contreras, de 34 anos, foi um dos primeiros presos a conseguir sair e contou que os guardas da penitenci�ria "atiraram para o alto porque pensavam que se tratava de uma fuga". "Estava dormindo quando acordei com os gritos dos colegas. De repente, vi as chamas subindo, as pessoas queriam sair pelo port�o, mas ningu�m abria. Sa�mos pelo teto e pulamos um muro", relatou. "Foi horr�vel como pediam socorro das outras celas porque estavam queimando", continuou Contreras, que recebeu atendimento com uma les�o na perna direita e queimaduras leves. Eberth L�pez, de 29 anos, preso por homic�dio, contou que foi acordado pelos colegas. "Olhamos as l�nguas de fogo. Todos gritavam pedindo socorro, n�o abriam os port�es para n�s, as chaves n�o apareciam", contou � AFP, ainda comovido. Nos arredores do hospital, em cuja entrada foi colocada uma lista com os presos internos no local, dezenas de pessoas procuravam por seus parentes desesperadas. "Meu filho ficou asfixiado ali. Os guardas n�o abriram a porta para que morressem queimados. Se tivessem aberto a porta, teriam se salvado. Disparos foram feitos quando os r�us, desesperados, queriam sair", relatou Le�nidas Medina, de 69 anos. Trezentos familiares, entre homens, mulheres e crian�as, que pediam informa��es sobre os presos nos arredores da penitenci�ria, enfrentaram a pol�cia a pedradas, furaram o cerco e se concentraram no p�tio frontal, mas os agentes, com tiros para o alto, conseguiram controlar a situa��o. "N�o abriram os port�es para os bombeiros. Quando quiseram sair, ningu�m tinha as chaves da cela e morreram queimados nas portas da cela", afirmou Omar Tr�chez, de 27 anos. O presidente de Honduras, Porfirio Lobo, anunciou nesta quarta-feira o afastamento tempor�rio das autoridades penitenci�rias para garantir uma investiga��o eficaz das causas do inc�ndio, que qualificou de "lament�vel e inaceit�vel trag�dia".


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