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Estado de Minas

Tribos e mil�cias declaram Leste da L�bia semiaut�nomo

Pol�ticos contr�rios � medida temem que esse seja o primeiro passo para a desintegra��o territorial da L�bia ap�s a queda de Muamar Kadafi


postado em 06/03/2012 15:05

L�deres tribais e comandantes de mil�cias declararam como semiaut�noma a regi�o do Leste da L�bia, conhecida como Barca (Cirenaica), em uma medida unilateral e n�o reconhecida pelo governo central l�bio de Tripoli. Pol�ticos e l�deres tribais disseram em Benghazi que a regi�o, rica em petr�leo, ter� seu pr�prio Parlamento, pol�cia, tribunais e capital - a pr�pria cidade de Benghazi.

O territ�rio de Barca cobre quase metade da L�bia, do Mediterr�neo at� as fronteiras com o Chade e o Sud�o no sul e o Egito no leste. Correspondente aproximadamente � prov�ncia italiana da Cirenaica, entre 1911 e 1943, quando a L�bia foi col�nia da It�lia e tamb�m � prov�ncia de Barca (barqa, em �rabe) que existiu entre 1951 e 1969, quando a L�bia foi uma monarquia.

O Conselho Nacional de Transi��o (CNT) da L�bia, sediado na capital Tripoli, expressou v�rias vezes sua oposi��o � cria��o de um Leste da L�bia semiaut�nomo, alertando que isso poder� levar � desintegra��o do pa�s magrebino de 6 milh�es de habitantes. "Isso � muito perigoso. Esse � um chamado manifesto para a fragmenta��o. N�s o rejeitamos totalmente", disse Fathi Baja, chefe do comit� pol�tico do CNT em Tripoli. "N�s somos contra as divis�es e contra qualquer medida que atinja a unidade do povo l�bio", disse.

A declara��o feita em Benghazi coloca em evid�ncia a fragilidade do governo do CNT l�bio, que em grande parte tem sido incapaz de estabelecer sua autoridade sobre o pa�s desde a queda de Kadafi em agosto e a morte do ex-governante em outubro. Na realidade, o CNT possui pouca autoridade at� mesmo em Tripoli, onde mil�cias foram criadas durante a guerra civil e estabeleceram poderes locais nos bairros.

O primeiro-ministro do governo interino do CNT, Abdel-Karim el-Kib, reconheceu na segunda-feira que o governo n�o consegue firmar sua autoridade. "O governo n�o faz o seu trabalho. Minha avalia��o do seu desempenho n�o � boa", disse el-Kib, em entrevista � televis�o l�bia. "Os passos que tomamos s�o lentos". O CNT pediu a realiza��o de elei��es em junho para escolher um Parlamento de 200 membros, o qual nomear� um primeiro-ministro que formar� um novo governo para escrever uma nova Constitui��o.

A confer�ncia que ocorre nesta ter�a-feira em Benghazi tamb�m ilustrou uma das fraquezas fundamentais da L�bia p�s-Kadafi - a falta de institui��es pol�ticas. Durante seus quase 42 anos no poder, Kadafi impediu que qualquer outro poder pol�tico tivesse for�a e concentrou todo o poder nas m�os. Como resultado, desde a queda do governo Kadafi em agosto, quando Tripoli foi tomada, cidades, vilarejos e tribos ao redor da L�bia tomaram a autoridade nas pr�prias m�os, agindo como querem.

O poder local em alguns centros - �s vezes, competindo entre si - rejeitou e frequentemente derrubou as tentativas do CNT de estabelecer qualquer controle nacional. A declara��o de semi autonomia feita hoje tem como objetivo criar um sistema pol�tico federal, antes mesmo que ele seja criado pelo CNT ou pelo conjunto da popula��o.


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