O governo argentino de Cristina Kirchner vai processar as companhias petrol�feras que operam nas Ilhas Malvinas (chamadas de Falkland pelos ingleses) e demais empresas, consultorias e analistas envolvidos nas opera��es, anunciou nesta quinta-feira o chanceler H�ctor Timerman, em entrevista coletiva � imprensa. Entre as empresas que podem ser afetadas pela decis�o argentina est�o a BP, Rochhopper, Borders & Southern e Falkland Oil & Gas.
A medida deve aprofundar a tens�o diplom�tica entre a Argentina e o Reino Unido na disputa pela soberania das Ilhas Malvinas, faltando apenas algumas semanas para o anivers�rio de 30 anos da guerra pelo arquip�lago. A explora��o de petr�leo no Atl�ntico Sul pelos brit�nicos come�ou com a Rockhopper, que est� explorando no norte do arquip�lago e projeta o in�cio de extra��o de petr�leo em 2016. “Est� totalmente provado que � ileg�tima qualquer atividade de explora��o na zona em lit�gio, conforme decis�o da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU)”, disse Timerman.
O chanceler argentino disse que a Argentina enviar� notas de advert�ncia a todas as empresas envolvidas ou que tenham interesses nas opera��es e tamb�m �s bolsas e institui��es reguladoras das bolsas sobre “a ilegalidade de suas a��es”. O chanceler disse que o Reino Unido “colocou essas empresas em uma atividade ilegal ao conceder licen�as ileg�timas para operar” no arquip�lago.
“Vamos defender os recursos naturais do Atl�ntico Sul porque s�o propriedade do povo argentino”, afirmou. Ele recordou que nenhum governo pode conceder unilateralmente licen�as de explora��o de recursos naturais em �reas que est�o em disputa. No caso das Malvinas, lembrou, h� determina��es da ONU para que o Reino Unido sente � mesa para negociar a soberania com a Argentina.
O chanceler argentino disse que o governo Kirchner vai tentar de todas as formas buscar a maneira de “castigar e fazer com que as leis se apliquem, que as resolu��es nas Na��es Unidas sejam respeitadas e que Gr� Bretanha cumpra a resolu��o 2065 que fala de resolu��o pac�fica de um conflito de soberania”, ressaltou.